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Motoristas e cobradores de ônibus paralisam atividades e pedem doação de alimentos

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Os motoristas e cobradores dos ônibus que circulam na zona Sudeste de Teresina (Consórcio Teresina) decidiram paralisar as atividades, na manhã desta segunda-feira (31), porque, mais uma vez, denunciam que estão com os salários atrasados. Com muitas famílias passando por necessidade, os trabalhadores decidiram montar pontos de arrecadação de alimentos. Um desses pontos é na praça dos Correios, no bairro Dirceu Arcoverde.  Outros pontos serão espalhados pela cidade.

Alguns trabalhadores chegam a receber, no mês, R$ 127. “É uma situação muito triste. Um pai de família não ter condições de colocar comida na sua mesa. A gente pretende continuar com essa campanha em outros locais da cidade", diz Werberty Pereira, cobrador. 

Os trabalhadores pedem a doação de cestas básicas ou de quilos de alimentos para que possam montar a cesta. “As pessoas que querem doar, não precisa ser uma cesta completa. Se você tiver um quilo de arroz, um pacote de macarrão, qualquer coisa, a gente consegue montar a cesta e distribuir para esses trabalhadores que realmente estão em um momento mais difícil. Os nossos amigos trabalhadores, do transporte de um modo geral, estão passando por necessidade de alimentos”, comenta o motorista Antônio Cardoso.

Interessados em ajudar, pode ligar para (86) 9 9587 2022.

O Setut manifestou-se por nota. 



O Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Passageiros de Teresina (SETUT) esclarece que tem enfrentado problemas no setor, como a queda na arrecadação de recursos e redução de passageiros transportados. As dificuldades no sistema atualmente estão aumentando e diante disso, a entidade ressalta que tem buscado o diálogo e alternativas para solucionar a crise do sistema de transporte público da cidade.

O Setut informa ainda que depende de repasses financeiros, vigentes em contrato, da Prefeitura de Teresina, para evitar um colapso no setor. Em 2021, a atual gestão municipal não realizou nenhum repasse ao sistema de transporte público.
 

 


Carlienne Carpaso
[email protected] 

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