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Controle da pandemia acontece com vacinação em massa, diz diretor da SBIm

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O médico infectologista, Renato Kfouri, diretor da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), comenta que o resultado do controle da pandemia Covid-19 com a vacinação em massa em cidade paulista já era o esperado. A vacinação coletiva reduziu o número de casos e de mortes pela Covid-19 no município. O Instituto Butantan, de São Paulo, anunciou que o controle da pandemia na cidade de Serrana, após vacinação, caiu em 95% o número de mortes e em 80% o número de casos da Covid-19. Ele defende que quanto mais a vacina demorar nas demais cidades, maiores serão os números de casos e de mortes. 

A vacina CoronaVac foi aplicada em 27 mil moradores adultos do município e criou um “cinturão imunológico” coletivo contra o coronavírus.  “São dados que a gente já aguardava no sentindo de demonstração da capacidade da vacina controlar a doença em saúde pública. A exemplo de outras vacinas, quando você imuniza boa parte da população e consegue isso com alta cobertura vacinal, você modifica a capacidade de transmissão do vírus e ele não encontra suscetíveis para continuar transmitindo e mantendo sua cadeia de transmissão”.

O diretor comenta que até o momento não crê na necessidade de uma dose extra para reforçar a imunização, de nenhuma das vacinas já disponíveis no mercado. O médico também afirma que as doses de reforço poderão ser necessárias diante do aparecimento de mais variantes para que as vacinas sejam mais eficazes. 

“Por enquanto, eu não acho que tenha indicação delas fazer dose de reforço. A dose de reforço se dará, se é que ela será necessária, dependendo de dois fatores: um deles é a duração de proteção conferida por essas vacinas”. 

A diminuição na produção de vacinas também preocupa o diretor. “Quanto mais devagar nós ficamos na vacinação mais casos nós vamos acumulando, infelizmente essa é a realidade”. 

“Ficar escolhendo quem vai vacinar é uma dificuldade operacional que, inclusive, vem dessa limitada quantidade de vacina. Quanto mais demora mais mortes acumulamos e mais surgimento de variantes”.

 

Carlienne Carpaso
[email protected] 

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