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Pai e mãe são condenados a mais de 126 anos de prisão por morte e estupro de filhos

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Fotos: MP-PI

Pai e mãe foram condenados, somadas as penas, a mais de 126 anos de prisão pela morte dos filhos na zona Rural de Brejo do Piauí, no interior do estado. O crime ocorreu em 2018, no Dia das Crianças, e teve grande repercussão pela barbaridade. As vítimas eram um bebê de cinco meses de idade que, de acordo com o Ministério Público, antes de ser morta, foi estuprada; e o irmão dela, um garoto de 11 anos de idade, que presenciou a violência sexual contra a irmã e, dias depois, foi morto por espancamento.

O réu Danilo Veras dos Santos foi condenado a 67 anos e 11 meses de reclusão. Ele era o pai da bebê e padrasto do menino. A mãe, Joelma Pinto da Costa, foi condenada a 59 anos e dois meses de reclusão também em regime fechado. De acordo com o MP, ela teria presenciado o crime contra os filhos e não impediu. 

O julgamento ocorreu na comarca de Canto do Buriti na semana passada. O promotor de Justiça João Malato Neto atuou no julgamento e diz que o Conselho de Sentença acatou na íntegra o pedido do MP. 

"Considero que foi o crime mais bárbaro na região de Canto do Buriti. O primeiro a ser morto foi o menino que chegou a ser amarrado com uma cortina e espancado até a morte com o próprio ferro da cortina. Isso, dias antes dele presenciar a irmã sendo estuprada. A bebê também foi morta por espancamento e ainda chegou a ser levada ao hospital, mas não resistiu. A casa era um cômodo só de 3 metros quadrados. Tudo isso foi na frente da mãe que não fez nada para impedir. Pedimos que eles respondem pelos dois asssassinatos e o estupro e foi acatado", disse João Malato. 

Os condenados foram julgados pela prática dos crimes de homicídio qualificado por motivo torpe, com emprego de asfixia, utilizando-se de recurso que impossibilitou a defesa da vítima e para assegurar a execução, a ocultação, a impunidade ou vantagem de outro crime; com as causas de aumento de pena da prática de crime contra pessoa menor de 14 anos, na presença física de ascendente da vítima, e estupro. 

Os reús já aguardavam o julgamento presos. 

Graciane Sousa
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