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Educadora física esclarece dúvidas sobre o treino de máscara e indica a melhor opção

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Arquivo CV

Vou ficar cansado mais rápido? Qual será a sensação? Vou aguentar? E a respiração? Essas são as principais dúvidas de muitos praticantes de atividade física: como será o treino usando máscara. A certeza é que o novo acessório deve estar presente em todas as tarefas realizadas durante o período na academia. 

A pandemia mudou o hábito de milhares de pessoas e aos poucos a vida vai voltando ao “normal” de maneira gradual e repleta de cuidados para se proteger da Covid-19. Para os chineses, o uso diário de máscara já era algo comum, com o intuito de se proteger da poluição. Entretanto, atualmente, o uso de máscara faz parte da rotina de todos. 

“Para nós, é algo recente e que deve durar mais algum tempo. A solução, então, é aprender a conviver com a máscara em ambientes públicos. No quesito treino, sim, é possível realizar exercícios usando o EPI; ele é seguro e essencial para a saúde. Será necessário enfrentar o principal obstáculo, a queda da frequência respiratória, uma vez que a pessoa é obrigada a respirar mais devagar para vencer a resistência imposta pela máscara. É um momento de adaptação fisiológica, as atividades de alta intensidade serão especialmente difíceis de serem realizadas. É importante ter paciência, se manter ativo e treinar de maneira leve ou moderada”, esclarece educadora física Mikaelen Nunes. 

“A primeira coisa que precisamos nos atentar é que a máscara precisa cobrir a boca e o nariz, garantindo a segurança e eficácia. Outra dica importante é ter uma outra máscara reserva, caso uma fique úmida demais”, afirma Mikaelen.

As melhores opções para treinar são as máscaras desenvolvidas exclusivamente para atividade física. Outra opção são as feitas de algodão ou TNT, de preferência as com camada dupla, filtro no meio e tecido hidrofóbico para evitar o acúmulo de líquido. 

Seis dicas e cuidados na utilização de máscara durante a atividade física:

1) Respire devagar e profundamente, ao invés de tentar aumentar a frequência respiratória, a barreira proporcionada pela máscara dificultará a captação de oxigênio e eliminação de CO2.

2) No momento atual, o ideal é focar na saúde, e os treinos devem ser realizados com intensidade leve ou moderada. Os exercícios de baixa intensidade exigem menos alterações e, consequentemente, geram menor desconforto.

3) Para ser eficiente, a máscara deve cobrir boca, nariz e ficar rente ao rosto, mas sem incomodar. 

4) Ao realizar atividades mais intensas ou de longa duração, por exemplo, ciclismo ou corrida, tenha sempre um EPI de reserva. O acessório molhado perde a capacidade de filtração.
5) Durante o treino, é essencial prestar atenção e monitorar as sensações. Ao perceber algo fora do mal, pare e chame um professor. Para controlar o ritmo e medir a percepção de esforço, consulte a escala Borg, a qual apresenta uma numeração que costuma ir de 0 a 10. Nesse sentido, o número 0 significa o estado de repouso, em que não há esforço mínimo do atleta. Por sua vez, o número 10 envolve o grau de valor máximo, que corresponde ao momento de maior esforço do indivíduo. Neste momento, o aconselhável é não ultrapassar os níveis 7 e 8. s

6) Usar máscara nos treinos é uma regra essencial para que todos estejam em segurança. Essa atitude mostra que você se importa com a própria saúde
e com a saúde do outro. Não se esqueça de levar a sua toda vez que for treinar.

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