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Em Cannes, Sean Penn diz que situação do Brasil na pandemia é desesperadora

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O ator e diretor Sean Penn, 60, disse que a situação do Brasil na pandemia de coronavírus é desesperadora e chamou de "obscena" a gestão do ex-presidente americano Donald Trump. As declarações foram feitas neste domingo (11), em duas entrevistas diferentes durante o Festival de Cinema de Cannes, onde lançou seu mais recente filme, "Flag Day" (dia da bandeira).

O comentário sobre Trump foi feito em resposta a pergunta sobre sua ONG Core (Community Organized Relief Effort) no combate à Covid. "Nós, como país e como mundo, fomos negligenciados, enganados, sofremos ataques à verdade e à razão sob o que foi, em todos os sentidos, uma administração obscena, politica e humanamente", disse Penn.

Segundo ele, quando a equipe da ONG voltava dos locais de teste e vacinação à noite, "a sensação era a de que alguém estava metralhando e dizimando as comunidades mais carentes do alto de uma torre na Casa Branca".

Criada em 2010 para auxiliar as vítimas do terremoto no Haiti, a Core começou em março do ano passado a colaborar no controle da doença nos EUA.

Em abril, anunciou a doação de cerca de US$ 10 milhões (R$ 52,6 mi) para ampliar a capacidade de atendimento em centros de saúde e postos de vacinação do Rio, como os do Parque Olímpico, na Barra, e da quadra da Portela, em Madureira, e para a compra de medicamentos para intubação.

Foi a partir dessa experiência de sua entidade no Brasil que ele citou o país a responder sobre se teve medo de vir a Cannes durante a pandemia –nos últimos dias, houve um caso de Covid-19 na equipe do diretor israelense Nadav Lapid, e a atriz francesa Léa Seydoux, que está em três filmes da competição à Palma de Ouro, cancelou sua viagem após um teste positivo para o coronavírus em Paris.

Penn afirmou não se sentir inseguro, porque se vacinou já faz algum tempo e continua tomando cuidados básicos, mas ressalvou que essa possibilidade "quase surreal de sair de uma era em que a socialização foi banida" é "uma sorte".

"A situação nos lugares em que minha organização trabalha hoje, Brasil, Índia, é de tanto desespero. Nós estamos em uma situação muito mais favorável aqui", disse ele.

 

 

 


Fonte: Folhapress

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