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CICO apresenta "óculos tarja preta" usado em Tallyne Teles

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Fotos: Yala Sena/Cidadeverde.com
Bonfim apresenta os óculos usados por Nilsinho para vendar as vítimas
 
Em entrevista coletiva na noite desta sexta-feira (27) na sede da Comissão Investigadora do Crime Organizado - CICO -, o delegado Bonfim Filho apresentou novos detalhes da atuação de Nilson e Michel Feitosa, acusados pela morte de Tallyne Teles, 24 anos, no início do mês. Entre eles está um par de óculos escuros com fita gomada preta, usado em outras vítimas e possivelmente na estudante de Medicina para impedir sua visão e dificultar sua identificação.
 
Os óculos fazem parte de uma série de objetos apreendidos pela polícia em Piripiri e São Luís do Curú/CE. De acordo com Bonfim, a intenção dos bandidos era colocar o objeto no rosto das vítimas para que elas não soubesse para onde eram levadas e ainda dificultar que pessoas ou a própria polícia identificasse quem estava sofrendo agressão ou sendo sequestrada. "É uma forma de não levantar suspeitas", resumiu.
 
 
A coletiva foi concedida após a chegada dos delegados Willame Moraes e Carlos César Camelo, que trouxeram Michel para Teresina na noite de hoje. Com eles também chegaram dois revólveres, um calibre 38 e uma pistola ponto 40, além de vinte e duas balas, um CD, um aparelho de som, um relógio, quatro telefones celulares, e um computador. Tudo será periciado, inclusive o revólver 38, a ser analisado por micro-comparativa balística para confirmar seu uso na morte de Tallyne. Ela desapareceu em Teresina e sofreu dois tiros na cabeça no último dia 7, em Buriti dos Lopes.
 
O aparelho de som roubado do carro que era dirigido por Tallyne foi encontrado na casa de Michel em Piripiri, e com isso a CICO pediu sua prisão temporária. Segundo Willame, Michel alega que Nilsinho apenas deixou o som em sua casa, mas a polícia acredita em participação maior dele no crime. O sobrinho teria ajudado o tio na mudança do Piauí para São Luís do Curú.
 
Bonfim confirmou que ele usou um atestado de óbito falso no Ceará, o que dificultou a investigação, mas pouco tempo depois a comissão já sabia que ele estava vivo. "Sabíamos da participação do Nilson, mas precisávamos encontrar uma ligação com a morte de Tallyne. E quando encontramos o som na casa do Michel, tivemos a certeza", disse o delegado.
 
 
Família criminosa
A CICO investigou a vida do suspeito e encontrou uma longa ficha criminosa no Piauí e Ceará. Michel seria acusado por formação de quadrilha, desacato à autoridade, roubo e receptação. Ele pertence a uma família de criminosos, que inclui o tio Nilson, um outro tio assaltante de bancos, um homem conhecido como Pablo, acusado de sequestro no Ceará e um dos primeiros criminosos com metralhadora AR-15 na região, e ainda parentes pistoleiros. Todos das cidades de Parambu e Tauá, no Ceará.
 
Yala Sena (flash da CICO)
Fábio Lima (da Redação)
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