Foto: Ascom/Sejus
Com registro de fuga, a penitenciária Mista Juiz Fontes Ibiapina, de Parnaíba, enfrenta uma das piores superlotação. Atualmente, o presídio, abriga mais de 600 presos, quando a capacidade é para 169 detentos (aumento de 255%). Para o Sindicato dos Policiais Penais do Piauí (Sinplojuspi), a situação “mais dramática” do presídio é Parnaíba com superlotação e “iminência de motins”. No final de semana, cinco detentos conseguiram fugir, três deles já foram capturados e dois ainda continuam foragidos.
A Secretaria de Estado da Justiça (Sejus) informou através de nota o nome dos cincos presos. Ele foram identificados como Francisco Gledson Bezerra Sousa, Matheus Costa Soares, Paulo Henrique Rodrigues, David Alisson da Cruz e Marcos Rodrigues de Freitas. Deles, Francisco Gledson e Matheus Costa ainda não foram capturados.
O gerente do presídio de Parnaíba, Fernando Caldas, informou ao portal Cidadeverde.com que os presos aproveitaram o banho de sol e romperam a tela de proteção.
“Cinco conseguiram fugir, mas imediatamente três foram recapturados”, informou.
Em nota, a Sejus informou que deverá abrir um procedimento para apurar a fuga dos detentos.
Confira a Nota da Sujus:
A Gerência da Penitenciária Mista Juiz Fortes Ibiapina, em Parnaíba, informa que os presos Francisco Gledson Bezerra Sousa, Matheus Costa Soares, Paulo Henrique Rodrigues, David Alisson da Cruz e Marcos Rodrigues de Freitas empreenderam fuga, após romperem a tela de uma das alas da unidade penal, neste domingo (01). As forças de segurança conseguiram recapturar Paulo Henrique, David Alisson e Marcos Rodrigues e seguem diligências para localizar os outros dois detentos. A Sejus abrirá procedimento para apurar o fato.
Superlotação
O presidente do Sinpoljuspi, Vilobaldo Carvalho, disse que a entidade vem alertando os riscos da superlotação em Parnaíba. “Há uma situação de alerta de motim, já que integrantes do Comando Vermelho tenta controlam a região”, disse Vilobaldo.
Segundo o presidente, o presídio vive a pior superlotação dos presídios do estado e com agentes penal sobrecarregado em atividades.
“Lá são seis policiais penais por turno, ou seja 1 policial para cada 100 presos, quando a recomendação é um policial para cinco presos. A situação é dramática em Parnaíba”, disse Vilobaldo.
Sobre a lotação máxima, o gerente disse que o presídio recebe presos da Justiça e adota uma série de ações para evitar a comunicação de faccionados com líderes fora do presídio. Entre as medidas está vistorias, proibição de entradas de aparelhos celulares, usando detectores de metal e scanner, e medidas para impedir o arremesso de material para fora do presídio.
Rebeca Lima e Yala Sena
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