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Infectologista pede que não relaxem autocuidado contra covid

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O infectologista Walfrido Salmito fez um alerta sobre a necessidade de manutenção do autocuidado contra a Covid-19 para evitar uma nova onda da doença e retrocesso nas medidas restritivas. O especialista destaca que a situação da pandemia em Teresina melhorou significativamente, mas a circulação da variante Delta no mundo é preocupante e não é o momento de relaxar na prevenção.  

"É cedo ainda pra relaxar. Sabemos que o país tem uma variante, isso nos preocupa e estamos monitorando todos os casos. As recomendações são importantes, Teresina vive hoje um momento de tranquilidade, mas a gente insiste que a população mantenha os cuidados, evitem aglomerações desnecessárias e façam a lavagem das mãos com rotina pra gente evitar ter a doença", explica o especialista. 

Walfrido Salmito cita, por exemplo, a situação de países que relaxaram as medidas restritivas e houve a expansão de casos. 

"Outros países que estavam mais avançados em relação à vacinação, voltaram atrás de algumas medidas que tinham sido relaxadas, como o uso de máscara. A gente sabe que, mesmo vacinada, a pessoa pode adquirir e transmitir a doença. Obviamente que, com a vacinação, é possível que tenhamos menos pacientes internados e com as formas menos graves da doença", exemplifica Salmito. 

Uma dos motivos da curva ascendente de casos é a circulação da variante Delta que se espalha ainda mais rapidamente. 

"Se a gente quer que as coisas continuem assim, é necessário manter todos os protocolos, usar máscara, evitar contato íntimo e próximo para que a gente não tenha uma onda muito grande de casos, em que as internações são muito prolongadas, principalmente de jovens, e assim pressione o serviço de saúde. O que a gente quer é que as coisas se mantenham como estar e até melhorem. Se as coisas se mantiverem, a gente vai ter dias mais tranquilos, se as pessoas relaxarem nos autocuidados e a variante Delta for identificada é provável que esse cenário se modifique", alerta o infectologista. 

Walfrido Salmito avalia a desacelaração de casos de Covid-19 na Capital à vacinação. Ele cita que, boa parte dos grupos de riscos, recebeu a primeira dose da vacina. Os idosos já estão imunizados. 

"Tivemos redução no número de óbitos, bem como internações hospitalares, o que deixa de pressionar o serviço e a gente pode atender os pacientes com mais tranquilidade e mais qualidade. Tivemos o menor número de casos confirmados de janeiro de 2021 até agora e também o menor número de síndromes gripais, que são os primeiros sinais que nos dão alerta para que o paciente possa ou não ter covid. Aliado a isso, tivemos a menor demanda de teste de PCR, que o melhor teste para dar o diagnóstico da doença. Então, isso nos deixa esperançoso, a gente acha que tem tudo a ver com a vacinação que chegou ao público de 38 anos", destaca. 

Questionado sobre a necessidade de uma campanha anual contra Covid, o infectologista diz que a Ciência ainda não tem essa resposta. 

"A Ciência ainda não tem essa resposta, a gente ainda não tem certeza se vai tomar reforço como outras vacinas. Estudos estão em andamento para mostrar se isso é benéfico com o mesmo imunizante ou imunizante diferente", disse o especialista. 


Graciane Sousa
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