Pacientes renais crônicos  de Teresina denunciam problemas na dispensação de um medicamento considerado essencial para quem faz hemodiálise. Segundo eles,  Sacarato de Hidróxido de Ferro,  Noriporum, não é  entregue na Farmácia do Povo há pelo menos três meses, prejudicando os pacientes que dependem da medicação e acabam comprando em farmácias particulares. 

A presidente da Associação dos Pacientes Renais Crônicos, Mariza Costa, ressalta que todo paciente que faz hemodiálise precisa tomar o medicamento para não ter agravamento na sua saúde. "Faz mais de três meses que os pacientes reclamam que não estão encontrando. É um medicamento  para anemia", explicou a presidente. 

Em Teresina, são mais de mil pacientes renais, sendo que uma média de 800 dependem do remédio. A Associação dos Pacientes Renais diz que tem cobrado da Farmácia do Povo a reposição do medicamento, só que a direção tem alegado problemas em licitações. 

"Eu penso que eles deveriam ter um planejamento. Para não ter essa fadiga de estar sempre faltando, ter uma reserva técnica de 10 a 15%", avalia a presidente da Associação. 

Dependendo da quantidade de miligramas, o remédio pode custar de R$ 50 a R$ 80. Já que não podem ficar sem usar, muitos pacientes estão comprando a medicação. 

Outro lado

A administração da Farmácia do Povo confirma problemas com a dispensação do Noriporum, mas destaca que ainda não há data definida para a retomada da distribuição. A diretora, Wanda Avelino, explica que além dos problemas com licitação também há problemas com fornecedores.

"Infelizmente esse fornecedor não está conseguindo nos entregar. Recebemos uma pequena parcela em maio, mas foi uma quantidade muito pequena, não deu para atender todos os pacientes. Estamos aguardando o restante da nota de empenho desse fornecedor", explicou a diretora. 

Na manhã de hoje, uma reunião deve acontecer entre representantes da Secretaria de Saúde e fornecedores para solucionar o impasse envolvendo o medicamento. 

 

Natanael Souza
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