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Barra Grande é destaque na Folha: Isto tudo é Piauí

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Um lugar "astral". É assim que os piauienses costumam se referir a Barra Grande, uma das praias do município de Cajueiro da Praia, no pequeno litoral do Piauí. E não é preciso mais do que uma breve caminhada por suas ruas cobertas de areia para entender de onde vem a relação da cidadezinha com os "astros".

Mar calmo. Água morna. Paisagem bucólica. Nada de agito e pouquíssimos turistas em pleno mês de janeiro. Mas Barra Grande não é a única surpresa que o Estado reserva ao viajante que se aventura por suas estradas.

Conhecido de passagem por quem visita o delta do rio Parnaíba, o Piauí esconde preciosidades como o morro do Gritador, na cidade de Pedro 2º, de onde se avista a paisagem exuberante da serra dos Matões; ou o Parque Nacional de Sete Cidades, entre os municípios de Piripiri e Piracuruca, que tem pinturas rupestres e formações rochosas repletas de lendas.

Para conhecer todos esses lugares, que ficam ao longo dos 384 km que separam a capital Teresina de Barra Grande, não é preciso esforço sobrenatural ou um planejamento de meses; basta alugar um carro em Teresina e, com mapa em mãos, seguir rumo ao norte do Estado. As estradas são ótimas, muito bem sinalizadas, e o único perigo é cruzar com um bode atravessando a pista.

O passeio pode começar pela capital, cidade colorida por árvores de todos os tipos, cujo destaque é o polo de artesanato próximo à área de proteção ambiental onde ocorre o encontro dos rios Poti e Parnaíba.

Ali, a loja imperdível é a sede da Cooperart, que vende bonecas, lustres, bijuterias e outras peças de cerâmica criadas por uma cooperativa que reúne 30 moradoras do bairro de Poti Velho.

Rumo à praia, a primeira parada é Pedro 2º, município onde ocorre um festival de inverno durante o feriado de Corpus Christi, com uma programação de shows de jazz. É lá que está o mirante do morro do Gritador e a cachoeira do Salto Liso, além das minas de opala, pedra semipreciosa lapidada em lojas locais.

O descanso antes da próxima parada, o Parque Nacional de Sete Cidades, pode ser feito em Piripiri, que tem hospedarias simples, ou no próprio parque, onde há um hotel com bons preços.

Basta apenas um dia para percorrer todas as trilhas de Sete Cidades, sempre acompanhado por um guia. O trajeto pode ser realizado de carro, em três horas e meia; de bicicleta, em quatro horas; ou a pé, em um dia inteiro.

É claro que o aventureiro não pode passar ao longo do cartão-postal do Piauí; por isso, o próximo destino é Parnaíba, cidade que conserva a arquitetura glamourosa dos tempos em que a exportação do óleo de carnaúba, uma palmeira do Nordeste, movia a economia do Estado.

Os passeios pelo delta do rio Parnaíba ocorrem pela manhã e duram até o fim da tarde, a partir do porto dos Tatus, de onde saem os barcos. Há dois tipos de embarcação, as grandes, para cerca de 60 pessoas, e as lanchas, onde vão até quatro pessoas. Prefira a segunda opção: o barquinho pode enveredar por caminhos que o outro não entra e é menos barulhento, aumentando as chances de ver a fauna local.
 

Ainda em Parnaíba, vale cruzar a ponte até o município vizinho, Ilha Grande, para conhecer a Casa das Rendeiras, onde estão à venda as lindas peças feitas com os diversos rendados.

Enfim, praia
Uma paisagem marcada por dunas precede a chegada a Barra Grande, a 40 minutos de Parnaíba. Nos próximos anos, a praia deve ser tão "hype" como sua homônima, na Bahia, ou mesmo como suas vizinhas famosas, Jericoacoara, no Ceará, e os Lençóis Maranhenses.

Mas, por enquanto, ali ainda é o lugar ideal para passar o dia inteiro fazendo absolutamente nada. Só curtindo o "astral" local, composto de caminhadas na extensa faixa de areia para, de um lado, encontrar um rio e, do outro, um cemitério na praia, que compõe um cenário surreal com suas coloridas flores de plástico.

Se a vontade de continuar na estrada for grande, siga em direção ao sul do Estado, onde está a serra da Capivara. Mas essa é outra viagem...

PARA QUEM
Tem tempo para uma viagem longa e procura um lugar tranquilo, para andar com os pés na areia e sem badalação

QUANDO IR
De janeiro a abril é o período de chuvas -pancadas rápidas que não estragam o passeio. Barra Grande tem bons preços de hospedagem mesmo na alta temporada

DICAS
Vale a pena alugar um carro (ar-condicionado é imprescindível) em Teresina. As estradas são ótimas e dão liberdade para traçar seu percurso. A "rota do artesanato" inclui roupas em renda, em Ilha Grande, e objetos de barro no rio Poti (www.sebrae.com.br/uf/piaui). Em Barra Grande, leve dinheiro suficiente porque não há caixas eletrônicos

ONDE FICAR
Em Barra Grande, a pousada mais conhecida é a Pontal da Barra, tel. 0/xx/86/3369- 8100, de frente para o mar; as diárias custam a partir de R$ 100 (casal com café da manhã). A Vento do Mar, tel. 0/xx/86/ 9924-4131, tem ótima estrutura, com quartos espaçosos e um restaurante que serve uma pizza maravilhosa; diárias a partir de R$ 100 (casal com café da manhã). Em Parnaíba, o hotel Cívico (www.hotelcivico.com.br), tel. 0/xx/86/ 3322-2470, tem piscina e quartos a partir de R$ 85. É possível hospedar-se também no Parque Nacional de Sete Cidades (www.hotelsetecidades.com.br), tel. 0/xx/86/3223-3366, onde as diárias saem a partir de R$ 55 (inclui café da manhã). Em Teresina, a opção é o Metropolitan Hotel (www.metropolitanhotel.com.br), tel. 0/xx/86/3216-8000, diárias a partir de R$ 210

Fonte: Folha

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