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Mãe denuncia desaparecimento de corpo de bebê da Evangelina Rosa

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Uma adolescente de 17 anos registrou um Boletim de Ocorrência da Delegacia da Polícia Civil de São Miguel do Tapuio, a 227 Km de Teresina, alegando que o corpo do filho desapareceu da Maternidade Dona Evangelina Rosa quatro dias após o nascimento. 

No Boletim, a adolescente, até então grávida de 8 meses, relata que no dia 10 de agosto passou por uma consulta médica no município de Valença e foi verificado que ela precisava de um parto de urgência.

A adolescente relata que foi transferida a Teresina, para a Maternidade Dona Evangelina Rosa, onde no mesmo dia foi submetida a um parto cesárea. Ela conta no Boletim de Ocorrência que o bebê nasceu em situação grave. 

Ainda de acordo com o relato da adolescente, ela e o bebê ficaram na maternidade até o dia 14 de agosto, quando recebeu a notícia de que o recém-nascido havia morrido. A mãe afirma que recebeu uma declaração de óbito e quando se dirigiu ao setor administrativo lhe foi informado que o corpo não estava lá. 

Foto: Roberta Aline

A informação que foi passada para ela, segundo consta no Boletim de Ocorrência, é de que uma pessoa, com o mesmo nome e idade dela, teria feito a retirada do corpo, que teria sido entregue para uma família do município de Timon. 

Advogados da família  da adolescente confirmam o desaparecimento do corpo e alegam que o fato aconteceu há 10 dias e “até agora não receberam resposta satisfatória por parte da Maternidade Dona Evangelina Rosa”.  Os familiares se pronunciaram por meio de nota feita por advogados. 

 Nota do advogados da família do bebê
A família da vítima confirma o desaparecimento do corpo do recém-nascido, tendo sido informada do fato no momento da retirada do corpo pela agência funerária. Passados dez dias do ocorrido, a Maternidade Evangelina Rosa ainda não forneceu informações satisfatórias sobre o evento e o paradeiro da criança. Até a presente data, a única certeza é a de que a vítima não recebeu o corpo de seu filho. As autoridades policiais foram contatadas e estão em fase de apuração dos fatos. 
Nota fornecida pelos advogados Maderson Dantas e Alana Gomes de Medeiros.


A Maternidade Dona Evangelina Rosa também se pronunciou por meio nota e afirma que as denúncias foram encaminhadas ao setor jurídico para as devidas providências  do caso. A maternidade afirma que a adolescente recebeu o corpo do filho e denunciou que o corpo do bebê havia sido trocado. 

Veja a nota da maternidade
“Sobre o caso de uma possível troca de fetos, o bebê da paciente  de iniciais A.R.S, veio a óbito no dia 13/08/2021 e o de uma outra paciente  M.R.S.L , nasceu do dia 10/08/21 com má formação , vindo a óbito no dia 14/08/2021. Os dois fetos foram levados ao necrotério da Instituição. As duas pacientes tinham em comum os nomes, praticamente homônimos e os bebês são identificados pelo nome da mãe. A primeira  recebeu o corpo. Após esse fato, a segunda paciente, ao receber o bebê denunciou que o corpo filho teria sido trocado.   Cumprindo com seu papel de lisura e trnasparência,  a Maternidade recebeu a denúncia e encaminhou imediatamente ao setor jurídico para as devidas providências  do caso. Uma sindicância deverá ser aberta para apurar se houve responsabilidade no colaborador do necrotério, no ato de entrega do primeiro feto, pela semelhança entre os nomes. Caso seja comprovada a irregularidade, a MDER assegura que serão tomadas todas sanções previstas nestes casos”.
 

O caso deve ser investigado pela Polícia Civil. 

Izabella Pimentel [Com informações de Tiago Melo]
[email protected]

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