O Governo do Estado vai demitir mais de 800 prestadores de serviço nos próximos dias. O Cidadeverde.com obteve hoje informação de fonte que pediu sigilo do dado, já que nenhum gestor quer tratar sobre o polêmico assunto.

 

Ontem (31), a Empresa de Gestão de Recursos do Piauí - Emgerpi - já afastou mais de 50 trabalhadores. Entre os motivos alegados estão a contensão de despesas em função da crise econômica, e a uma decisão da Justiça atendendo pedido do Ministério Público do Trabalho, que determina o fim da terceirização.

Os servidores serão demitidos em especial nas maiores pastas - Saúde, Educação e Fazenda. Eles trabalham nas funções de limpeza, segurança, informática e administrativas. Os que possuem nível profissional, por enquanto, continuam empregados. Além do corte de R$ 60 milhões nas despesas do Estado, o Governo terá de cumprir decisão da 2ª Vara do Trabalho, que dá multa diária de R$ 1 mil por servidor terceirizado contratado e R$ 2 mil em casos de renovação.

 

Segundo a presidente da Emgerpi, Lucile Moura, um levantamento constatou que 78 prestadores de serviço ligados à Emgerpi estão com contratos finalizados. Somente 12 terão os mesmos renovados. Os demais, serão comunicados do final do período de um ano de contrato por meio de carta.

 

 

Além dos motivos já citados, Lucile explicou que há serviços que não contam com a mesma demanda do ano passado. Caso do Mutirão da Casa Própria e outros programas do Governo. Outros contatos serão renovados de acordo com a necessidade. Lucile, porém, não soube informar a quantidade exata de servidor do Estado -envolvendo todos as secretarias - que poderão ser afastados.

 

"Já estou fora da Secretaria de Administração há tempos e sei apenas dos afastados da Engerpi", disse Lucile Moura.

 

A Emgerpi possui 280 terceirizados, em órgãos como a Agência de Desenvolvimento Habitacional - ADH -, Espaço Lazer, Companhia de Desenvolvimento do Piauí - Comdepi -, entre outros.