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Deputado diz que projeto foi mal compreendido e nega contratação temporária de policiais

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Foto: Ascom/Alepi

 

O deputado Carlos Augusto (PL), autor de projeto de contratações temporárias para a Polícia Militar do Piauí, nega que a matéria se refira a contratação de militares, mas de atividades que não seriam fim. 

“Precisamos ter alguns profissionais que não sejam de carreira nem do quadro de oficiais nem do quadro de praças. Não temos a necessidade de tê-los durante 30 anos muitas vezes.É valorização daquele que foi formado para a atividade fim e menos custos para a sociedade. Se precisamos de músicos para banda de música por que tê-lo um major, um coronel e um tenente? Se tem que ter um pastor, um padre por que a sociedade tem que pagar um salário de coronel, de major para padre ou pastor se o objeto deles é pregar a palavra, a assistência religiosa? Precisam de um salário justo que seja possível para se manter, mas dentro da função de cada qual. Não dentro da função do policial militar”, afirmou.

Carlos Augusto explica que fora da atividade fim, a Polícia Militar tem um quadro formado por profissionais de diversas áreas. Segundo ele, o estado economizaria se as contratações, dessas áreas, passassem a ser temporárias. 

“Esse projeto não prevê policial militar temporário. É uma carreira de estado. O militar que trabalha nas ruas, o sargento, o oficial que comanda, esses que vão trabalhar nas ruas são policiais que fazem concurso público e que são preparados, treinados, capacitados que há um alto investimento para essa finalidade fim. Hoje precisamos de um engenheiro. Temos um policial formado em engenharia e retiramos ele da atividade fim. Com todo esse investimento feito, retiramos e ele passa para a outra atividade. E ele nem pode assinar junto ao CREA. Precisamos de vários profissionais. Precisamos de médicos para a junta médica, de engenheiros, de músicos, profissionais formados em processamento de dados, contador, advogados. Retirar o militar capacitado para essas atividades é um prejuízo para o estado. É melhor de forma temporária”, destaca.

O deputado Marden Menezes (PSDB) conseguiu aprovação de audiência pública para discutir o tema. “A segurança vai mal. Os dados constatam isso. Essa proposta abre mão do concurso público e contrata policiais de forma temporária. Abre mão da estabilidade dos servidores. Isso permite a politização das indicações”, disse. 

 

Lídia Brito
[email protected] 

 

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