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Nos EUA, piauiense Lívio Ribeiro conquista ouro no Pan-Americano de jiu-jitsu

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Foto: Giselle Villasenor/Fotografa Jiu-jitsu

No último final de semana o piauiense Lívio Ribeiro ‘Galinho’ como é conhecido por aqui anotou mais um capitulo vitorioso no currículo. Morando nos Estados Unidos o atleta conquistou medalha de ouro no Pan-Americano IBJJF, que é a Federação Internacional da modalidade e dona das principais competições de jiu-jitsu no mundo. Lívio subiu ao lugar mais alto do pódio após fazer três lutas – o diferencial foi a faixa preta, pois o piauiense já havia conquistado a medalha de ouro na competição, mas como faixa marrom. 

“É meu primeiro ouro no Pan-Americano na faixa preta. Eu já tinha conseguido esse ouro na faixa marrom o que também foi uma vitória importante, mas na faixa preta é mais importante porque a dificuldade é maior o nível da categoria é maior. Na faixa preta tudo se reinicia, é o começo de uma nova jornada. O nível da competição estava muito e acredito que a maior dificuldade não é a competição em si o maior trabalho mesmo é no tatame, parte do treino e preparação física, alimentação, nutrição e cada fator faz diferença para o resultado final que são as vitorias, mas graças a Deus tudo está dando certo”, disse Lívio Ribeiro ‘Galinho’. 

Foto: Blanca Marisa Garcia

Antes de subir ao tatame no Pan-Americano nos Estados Unidos, Lívio fez uma preparação de altissimo nível com um cronograma organizado e assim pôde chegar em seu melhor momento. Ele disputou quatro competições no mês de julho, uma em cada final de semana e conquistou medalha de ouro em todas. 

‘Galinho’ assim como muitos atletas dedicados as lutas e em especial a arte suave no Brasil precisou sair da terra natal para conseguir viver somente do esporte e se tornar um atleta de alto rendimento. Hoje em dia, Lívio Ribeiro é a referencia do jiu-jitsu piauiense e exemplo para todos que sonham crescer na modalidade aqui no estado do Piauí. 

Sem dúvidas, Lívio é a principal cria do Projeto Social QG da Luta, que tem Major Luís Oliveira como mentor e diversos núcleos em Teresina e algumas cidades do interior com objetivo de fomentar a pratica do esporte no estado.  Há alguns anos atrás ainda morando em Teresina, ele relembra que precisava dividir sua rotina e acumular diversas funções para conseguir competir. Pedir ajuda no sinal de kimono ao lado de muitos dos colegas de projeto, fazer rifas, bingos e etc para conseguir competir. 

Foto: Giselle Villasenor/Fotografa Jiu-jitsu

“É muito complicado ter uma vida de atleta no Brasil. A não ser que você seja uma pessoa de condição financeira boa e até esses acabam saindo logo do Brasil. Quando eu sai de Teresina foi uma das minhas maiores felicidades, pois aqui (California) eu tenho condições de viver apenas como atleta. No Brasil não, precisava me virar. Um exemplo eram as competições, pois ir de Teresina a São Paulo para mim era sem condições, passagens caras, tudo caro e aqui você vai e volta com uma diferença financeira muito grande. O conselho que eu dou é para não perder tempo e tendo uma boa oportunidade vir embora, pois as oportunidades melhores estão aqui. Não é fácil ficar longe da família e de quem a gente gosta, mas quem quer mesmo tem que se privar de muita coisa, isso é a vida do atleta”, pontuou o campeão pan-americano, Lívio Ribeiro. 

O próximo desafio do piauiense será no mês de dezembro quando irá disputar o Campeonato Mundial da IBJJF, em Los Angeles. 

 


Pâmella Maranhão
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