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Na Câmara, Cláudio Pessoa admite rescisão de contrato com Setut se crise persistir

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Foto: Roberta Aline/ Cidade Verde

O Superintendente  Municipal de Transportes e Trânsito, major Cláudio Pessoa, admitiu nesta terça-feira (26) que a rescisão do contrato com as empresas do transporte público será uma alternativa caso a crise no sistema permanecer em Teresina. 

Segundo o major, a prefeitura ainda apura informações sobre o não cumprimento do contrato por parte de algumas empresas. Para o superintendente, esse processo poderá ter diversos desfechos e não descartou que um deles seja o rompimento. 

“A prefeitura desde o início da gestão do prefeito, ela solicitou que fossem feitos processos para apurar o inadimplemento contratual de algumas empresas. Esse processo ainda tramita e como todo processo poderá ter várias soluções e uma delas pode ser sim a rescisão do contrato”, explicou.  

As declarações foram dadas após uma reunião entre o superitendente e o presidente da Câmara Jeová Alencar (MDB). A reunião ocorreu a pedido do parlamentar e na ocasião o superintendente prestou esclarecimentos sobre a situação atual da crise que novamente ascendeu-se na capital.
 
“Atualizamos os nossos vereadores dos passos e providências que estão sendo adotadas pelo município de forma geral”, ressaltou. “Temos uma relação harmônica com a Câmara e acreditamos que o interesse daqueles que aqui laboram é encontrar um ponto de comum apoio para que o transporte possa ser realmente retomado”, acrescentou.

Foto: Roberta Aline/ Cidade Verde

Na Câmara, existe o entendimento entre grande parte dos vereadores pela rescisão do contrato, seguida da realização de uma nova licitação. Um dos principais defensores desta linha é o próprio Jeová Alencar. À reportagem, o vereador pontuou que mantém a posição. 

“Eu continuo com minha convicção do ano passado. Alguns empresários que operam em Teresina não têm mais condições de operar e não porque a Prefeitura não pagou, mas simplesmente por falta de administração deles”, declarou.  

O presidente da Casa também explicou o motivo pelo qual chamou Cláudio Pessoa para uma reunião na Casa.  

“Convidei o major para que ele possa dar algumas explicações e vejo muita boa vontade nele o prefeito de Teresina não agüenta mais esse sistema desse jeito. Ele quer que resolva, e resolva logo. Mas, a população precisa de explicações e nós homens públicos precisamos de explicações também”, finalizou. 

Crise 

O fato que protagoniza essa nova crise no serviço do transporte público na capital é a convenção coletiva. Os trabalhadores exigem a assinatura do documento, mas os empresários alegam ainda não ter condições de conceder os reajustes salariais e benefícios exigidos. A classe sindical, inclusive, marcou uma assembleia para a quarta-feira (27) para decidir se vão deflagar uma nova paralisação. 

Segundo Cláudio Pessoa, a Prefeitura não pode interferir na relação trabalhista entre as duas categorias. Porém garantiu, que caso o serviço seja novamente interrompido, os repasses aos empresários também o será.  

“O que esse acordo estabeleceu é que essa paralisação se dando por responsabilidade das concessionárias o pagamento subsequente será suspendido. Acreditamos que nesse impasse entre sindicatos o cidadão não pode ser prejudicado, mais do que já se encontro muito menos a Prefeitura que vem cumprindo com sua parte no acordo”, destacou. 

 

Paula Sampaio
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