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Ministério da Saúde lança protocolo de uso do Guia Alimentar para gestantes

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Foto: Roberta Aline/Cidadeverde.com




O Guia Alimentar para a População Brasileira é um dos documentos mais importantes já lançados pelo Ministério da Saúde, reconhecido e aclamado mundialmente. Agora a pasta lançou um complemento específico sobre a alimentação durante a gravidez: o Protocolo de uso do Guia Alimentar para a População Brasileira na orientação alimentar da gestante, disponível online e para download.

O objetivo é fornecer subsídios aos profissionais de saúde, para que orientem as gestantes da forma mais adequada. “Partimos da recomendação central do guia, que é dar preferência a alimentos in natura ou minimamente processados e às preparações culinárias ao invés dos ultraprocessados, e seguimos com orientações específicas para esse momento da vida, a partir de evidências científicas atualizadas”, justifica a Coordenadora Geral de Alimentação e Nutrição (CGAN) do Ministério da Saúde, Gisele Bortolini.

A má alimentação está no topo do ranking dos fatores de risco relacionados à carga global de doenças no mundo, sendo o que mais contribui para a mortalidade. A melhoria nas condições alimentares da população pode prevenir uma em cada cinco mortes no mundo. “Ao investir em recomendações alimentares acessíveis para a população, o Ministério da Saúde reforça o compromisso com a promoção da saúde e com o desenvolvimento de políticas, ações e programas de qualidade”, declara a Diretora do Departamento de Promoção da Saúde (DEPROS) do Ministério da Saúde, Juliana Rezende.

Em 2020, das gestantes acompanhadas na Atenção Primária à Saúde (APS) do Sistema Único de Saúde (SUS), 51,9% apresentavam excesso de peso (que compreende o sobrepeso e a obesidade); e 76% consumiram algum alimento ultraprocessado no dia anterior da entrevista, segundo o Relatório Público do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional


Sobre a publicação

O protocolo defende que na gestação é particularmente relevante o cuidado com a alimentação. O consumo de uma grande variedade de alimentos in natura e minimamente processados, além da ingestão de água, é uma das principais recomendações, pois ajudam a suprir a necessidade de nutrientes fundamentais para esse evento da vida, como ferro, ácido fólico, cálcio e vitaminas A e D. A alimentação saudável durante a gravidez favorece o bom desenvolvimento fetal e a saúde e o bem-estar da gestante, além de prevenir o surgimento de agravos, como diabetes gestacional, hipertensão e ganho de peso excessivo.


Dicas para as gestantes

Cuidado com a quantidade de sal e o uso de temperos industrializados. O alto teor de sódio e aditivos pode causar complicações na gestação e aumentar o risco de descompensação na pressão arterial;

É estimulado o consumo diário de feijão ou outras leguminosas, principalmente combinado com arroz, para manter bons níveis de fibras e de ferro, diminuindo a chance de desenvolver sobrepeso, além de auxiliar em quadros de constipação;

Especialmente para as gestantes que não consomem carne, é importante ingerir na mesma refeição leguminosas e frutas cítricas (laranja, acerola, limão, caju, etc) ou frutas ou legumes amarelo-alaranjados (como mamão, abóbora e cenoura);

Evite bebidas adoçadas, como refrigerante e suco de caixinha ou em pó, e também os adoçantes, que podem aumentar a probabilidade de nascimento prematuro e desenvolvimento de asma e sobrepeso em crianças, além de estarem associados a alterações metabólicas nas mulheres;

Evite os ultraprocessados, como macarrão instantâneo, salgadinhos de pacote, biscoitos/bolachas salgados ou recheados e guloseimas, pois o consumo desses alimentos pode aumentar a retenção de peso no pós-parto, especialmente se consumidos no último trimestre da gestação. Em gestantes adolescentes, os ultraprocessados estão relacionados ao maior peso dos bebês;

Consuma diariamente frutas, verduras e legumes, pois esses alimentos são excelentes fontes de vitaminas, minerais, fibras e antioxidantes, nutrientes essenciais durante a gestação. Seu consumo ajuda na prevenção de desfechos negativos, como nascimento prematuro, desenvolvimento de anomalias congênitas e ganho de peso gestacional excessivo.
 
Além disso, as fibras contribuem para o metabolismo glicêmico e o funcionamento saudável do intestino, ajudando a evitar a constipação intestinal, que pode ser comum nessa fase. E para reduzir custos e aumentar a qualidade, priorize legumes e verduras da época e da região e a aquisição desses alimentos diretamente dos produtores;

O consumo de pequenos lanches, baseados em alimentos in natura e minimamente processados, ao longo do dia pode evitar fraquezas e desmaios comuns nessa fase;
Procure a unidade básica de saúde mais próxima para fazer o acompanhamento de todo o seu pré-natal e receber orientações das equipes de saúde.



Da Redação com informações do Ministério da Saúde

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