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Entidades se mobilizam para conscientizar homens contra violência às mulheres

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Fotos: Roberta Aline/Cidadeverde.com

Zenaide Lustosa

A Coordenadoria Estadual de Políticas para as Mulheres (CEPM) e o CRM (Conselho Regional de Medicina) se mobilizam dentro da campanha “Laço Branco” para conscientizar homens sobre a cultura de não violência as mulheres. No estado, tem crescido os índices de feminicídios, abusos sexuais e assédios contra o sexo feminino.

Hoje, a Coordenadoria da Mulher, em alusão à campanha 16 Dias de Ativismo- Nem Mais um Minuto de Silêncio, lançou hoje o projeto “Vamos” e a campanha nacional “Laço Branco”.

A campanha tem o objetivo de sensibilizar, envolver e mobilizar os homens no engajamento pelo fim da violência contra a mulher. A igualdade de gênero é um dos motivos dessa luta que busca envolver a todos na sociedade.

A coordenadora Estadual de Polícia para as Mulheres, Zenaide Lustosa, explica que o projeto consistirá em dinâmicas envolvendo servidores públicos municipais, estaduais, e para lideranças comunitárias, tanto homens como mulheres, para discutir sobre o enfretamento a violência contra a mulher.

“São dez dinâmicas que trabalham as relações de poder entre homens e mulheres, a violência, tipo de violência, equidade de gênero, as várias dimensões, não no formato informativo, mas sim em um formato de dinâmicas que interage os participantes para fortalecer a questão do enfrentamento”, explica a coordenadora.

Ainda de acordo com Zenaide Lustosa, as primeiras oficinas deverão começar nesta semana, de 6 a 17 de dezembro, via internet. As dinâmicas também devem continuar no próximo ano. 

“Hoje, às 14h, a gente já inicia a primeira turma e vamos em 2021 até o dia 17. Nós vamos trabalhar com quatro turmas esse ano e o projeto continua a partir de janeiro com mais turmas, contemplando ao todo 550 homens e mulheres”, ressalta.

Regina Sousa

A vice-governadora Regina Sousa, acrescenta também que o principal foco é integrar os homens para unir forças no trabalho de enfretamento à violência contra a mulher. 

“Sempre a discussão é entre mulheres e agora vai discutir com homens porque são os homens que praticam violência, então os homens que não são violentos têm que ajudar a gente a trabalhar essa questão no meio dos homens, porque a gente precisa dialogar com eles”, reforça Regina Rousa. 

A drª Ana Claudia Louçana, que é ginecologista e Secretária Geral do CRM-PI, afirmou que a violência contra as mulheres é também um grave problema de saúde pública e que tem levado muitas delas aos consultórios médicos. 

“A violência contra a mulher é uma grave problemática no Brasil e o CRM-PI apoia esta campanha”, diz CRM.

O “Laço Branco” surgiu a partir de um massacre, ocorrido no dia 6 de dezembro de 1989, quando um rapaz de 25 anos (Marc Lepine) invadiu uma sala de aula da Escola Politécnica, na cidade de Montreal, no Canadá. Ele ordenou que os homens se retirassem do local, permanecendo apenas as mulheres. Gritando: “você são todas feministas!?”, ele começou a atirar e assassinou 14 mulheres, à queima roupa. Em seguida, suicidou-se. Com ele, foi encontrada uma carta, na qual continha uma das motivações para o brutal crime, a de que ele não suportava a ideia de ver mulheres estudando engenharia, um curso tradicionalmente masculino e ainda havia uma lista de outras mulheres que ele pretendia assassinar.


Da Redação
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