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Sete municípios piauienses registram atratividade cultural acima do esperado

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Dados do Sistema de Informações e Indicadores Culturais (SIIC), divulgados nesta quinta-feira (8) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostram que, no Piauí, sete cidades registram atratividade cultural maior que o esperado: Teresina, Picos, Floriano, Parnaíba, São Raimundo Nonato, Oeiras e Pedro II.

O estudo, em sua quinta edição, identificou a correlação entre a quantidade de trabalhadores formais na área cultural e o número de deslocamentos para os municípios, constatando que lugares onde há mais pessoas empregadas em estabelecimentos culturais tendem a atrair mais visitantes em busca de atividades do setor.

Imagem: IBGE

A pesquisa ainda destaca que São Raimundo Nonato e Pedro II se sobressaem nacionalmente por se destacarem em dimensões culturais específicas. Enquanto a primeira ganha evidência pela diversidade de tipos de grupos artísticos, a segunda ganha visibilidade pelo número de eventos ou ações culturais promovidas no município. 

De acordo com o SIIC, São Raimundo Nonato é referência em atrações culturais para outras 26 cidades do Piauí e da Bahia, se notabilizando por seus 15 tipos de grupos artísticos de arte digital, artes visuais, artesanato, banda, bloco carnavalesco, capoeira, cineclube, coral, dança, gastronomia, grupos de teatro, manifestação tradicional popular, moda, musical e orquestra, variedade em apenas 4,6% dos municípios brasileiros.

Já Pedro II é referência em atividades culturais para a população de 21 municípios do Piauí e do Ceará. A cidade promoveu sete tipos de eventos ou ações culturais: festival de cinema, turismo cultural com divulgação, apresentação musical, feira de livro, desfile de carnaval, evento cultural e festas, celebrações e manifestações tradicionais populares. Apenas 5% dos municípios brasileiros apresentaram essa variedade de atividades. 

Estabelecimentos

O estudo ainda revelou que a proporção de filiais de empresas do setor cultural no Piauí, apenas 4,3%, é a menor do país conforme dados de 2019 e o único que se mantém o registrado em 2009. O IBGE ressalta, no entanto, que todas as unidades da Federação tiveram redução deste índice, com exceção do Ceará, que saiu de 5,1% em 2009 para 6,3% em 2019.

Imagem: IBGE

Empregos

Enquanto o país contabilizou queda da proporção de trabalhadores assalariados empregados no setor cultural, de 3,5% para 3,3% de 2009 para 2019, o Piauí aumentou seu percentual de 1,8% para 2% no mesmo período.

A média salarial dos trabalhadores deste setor no Estado também apresentou crescimento acima da média nacional. O valor teve aumento de 14,2% no Piauí e de 6,4% no país. No entanto, a remuneração média mensal do Brasil permaneceu duas vezes maior que a média piauiense. O valor era de R$ 3.517 no país, contra apenas R$ 1.701 no estado em 2019. Dez anos antes, em 2009, os valores eram de R$ 3.306 no país e de R$ 1.490 no estado. 

Informalidade

O estudo também mostra que a proporção de informalidade no setor cultural piauiense é abaixo da média geral. Enquanto 62,6% dos trabalhadores do estado, considerando todos os setores, são informais, no setor cultural a taxa cai para 59,3%. Ainda assim, os índices de informalidade do Piauí são bem maiores que a média brasileira. No país, cerca de 38,8% dos trabalhadores em geral são informais, proporção que chega a 41,2% no setor cultural. 

Da Redação
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