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Diabetes cresceu mais rapidamente entre mulheres durante a pandemia

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Foto: Pixabay




A Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD) alerta para o avanço do diabetes na população brasileira, sobretudo entre a parcela feminina. Pesquisas apontam um crescimento de 11,6% no conjunto da população adulta que referiram diagnóstico médico de diabetes nas capitais.

Em 2019, a pesquisa apontou que 7,4% da população apresentava a doença. Em 2020, esse percentual subiu para 8,2%. Esse crescimento, contudo, não se mostrou equitativo. Em meio à população masculina a doença aumentou 0,2% (de 7,1% em 2019 para 7,3% em 2020). Contudo, entre as mulheres, o avanço foi mais acelerado - saltou de 7,8% no primeiro ano para 9%, no segundo.

No país, segundo o recém-lançado Atlas do Diabetes 2021 da IDF (Federação Internacional de Diabetes), 15,7 milhões de pessoas, de 20 a 79 anos, apresentam o quadro da doença.

O endocrinologista Dr. Marcio Krakauer aponta que apesar de, tradicionalmente, as mulheres apresentarem maior cultura de acompanhamento médico, o cenário de dificuldades sociais e econômicas, observado nos últimos anos, atingiu a população feminina com maior intensidade - com potencial impacto em suas condições para prevenção do diabetes, como acesso à alimentação de qualidade, rotina de atividades físicas e outros.

O especialista destaca ainda que dados da pesquisa Vigitel revelaram que a velocidade de crescimento de novos diagnósticos mostrou-se mais expressiva entre adultos jovens. O percentual de mulheres de 25 a 34 anos que relataram diagnóstico da doença mais que dobrou de um ano para outro, passando de 1,3% para 2,9%. Entre os homens, essa velocidade ascendente foi observada na faixa de 18 a 24 anos.

O Dr. Krakauer aponta que as facilidades cotidianas contribuem para o sedentarismo, visto que a demanda física tende a ser cada vez menor a execução das mesmas atividades.

"Precisamos criar uma cultura ativa ligada ao bem-estar e saúde preventiva. A prática de atividades físicas e alimentação saudável podem se tornar elementos de prazer quando associados à rotina e preferência de cada pessoa. O que não podemos é normalizar esse contingente cada vez mais jovem de pessoas com diabetes. Hoje, a pessoa com diabetes pode ter uma vida completamente normal, quando a doença é bem monitorada. Mas por que não adotar essa rotina de autocuidado antes de desenvolver a doença e ficar suscetível a uma série de complicações?"

 

Da Redação
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