O presidente da Fundação Rio Parnaíba (FURPA) e conselheiro nacional do Meio Ambiente (Conama), Francisco Soares, denuncia que foram jogados às margens do rio Parnaíba, em frente ao prédio da Polícia Federal, materiais permanentes de informática, como monitores, impressoras, cartuchos de tintas e outros objetos. O material tem placa de tombamento dos Correios e do Tribunal Regional do Trabalho da 22ª Região.

 

Francisco Santos [foto abaixo] diz que o material deve ter sido despejado durante a Semana Santa, período em que Teresina fica vazia. São cerca de 10 impressoras matriciais, muitos monitores e vários cartuchos. Grande parte desse material já está no leito do rio. Francisco Soares explica que os equipamentos de informática contém produtos tóxicos, inclusive material radioativo e produtos químicos.

"Esse material demora cerca de 500 anos para se decompor", explica. Ele pegou cinco disquetes que foram jogados no local e colocou para secar. A Furpa já comunicou, à PF, ao Ibama e à Superintendência de Desenvolvimento Urbano, que é a responsável pela limpeza da área.

Dois agentes da Polícia Federal também estiveram no local fazendo imagens do material. Eles não quiseram prestar declarações.

"As investigações vão ser concentradas no número de série dos produtos. Vamos ver se é possível descobrir quem comprou", afirma o ambientalista.