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Óleos essenciais podem contribuir para sua saúde mental; entenda

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Foto: Divulgação




A cada ano que passa, o assunto “saúde mental” continua pautando o nosso cotidiano, seja por meio de campanhas ou por episódios que ganham a mídia. Isto mostra que é sempre uma boa oportunidade para falar a respeito de distúrbios emocionais que podem acometer pessoas de diferentes faixas etárias e classes sociais.

Além de estimular o diagnóstico e o tratamento com profissionais da área, bem como psiquiatras, psicólogos e psicanalistas, terapias alternativas como a aromaterapia podem ser coadjuvantes no acompanhamento deste paciente.

Segundo a aromatologista Lígia Finotti, “o olfato está atrelado ao nosso instinto de sobrevivência desde os primórdios. Até hoje, de forma inconsciente, sempre que vamos comer alguma coisa, sentimos o cheiro primeiro. Utilizamos o olfato como forma de nos certificarmos de que aquilo é seguro”.

Ela destaca que este sentido está intimamente ligado às emoções e à memória, influenciando de forma significativa o comportamento das pessoas. Isto ocorre pois o nervo olfativo está diretamente ligado ao hipotálamo, região do cérebro responsável por manter o organismo funcionando em equilíbrio.

O nervo olfativo atua na regulação da sede, apetite, temperatura, pressão arterial e é responsável pela produção de hormônios, como a ocitocina. Quando o corpo humano sente algum cheiro, ele é rapidamente captado pelo cérebro, que recebe um estímulo e ativa sensações.

“O hipotálamo funciona como se fosse uma grande central de transmissão para o nosso corpo. É por isso que o olfato é muito mais eficiente do que o paladar. O ser humano só consegue distinguir cinco sabores, ao passo que o olfato tem a capacidade de memorizar e de distinguir cerca de dez mil cheiros diferentes. Ele é muito mais complexo e muito mais completo do que o paladar”, comenta a aromatologista.

Quando o indivíduo busca terapias alternativas, como a aromaterapia, é isto que acontece com os óleos essenciais.

“Quando eu inalo um desses óleos, eu envio um estímulo olfativo pro meu cérebro e o meu cérebro, por meio desse estímulo, vai secretar determinados hormônios. Os óleos essenciais calmantes, por exemplo, vão mandar estímulo pro cérebro para que o corpo produza hormônios de relaxamento, calma, e a pessoa sentirá seus benefícios”, destaca Lígia.

Lígia ainda complementa dizendo que o mais legal da aromaterapia é que ela vai funcionar como se fosse uma chave. “Ela dá um estímulo olfativo pro seu cérebro, e aí o seu corpo, através desse estímulo, vai produzir aquele hormônio que é necessário. É como se déssemos um aviso para o corpo”.


Aromas ideais para cada distúrbio

Assim como inúmeros medicamentos são extraídos das plantas, sendo encapsulados e ingeridos por nós, o processo com os óleos essenciais ocorre da mesma maneira.

Lígia explica que os óleos essenciais são compostos por ativos naturais e esses ativos, quando captados pelo nosso nervo olfativo, são carregados ao hipotálamo e levados pelo cérebro, desencadeando processos de relaxamento, de estímulo à produção de encefalina e de outros compostos.

Quando associada à saúde mental, a aromaterapia é um apoio importante no cuidado da depressão e ansiedade, por exemplo. Entretanto, Lígia afirma que é sempre recomendado o acompanhamento multidisciplinar, incluindo profissionais da área qualificados.

“É preciso utilizar a técnica como uma aliada ao tratamento tradicional. Ela servirá para auxiliar e complementar todo o processo daquele paciente”.

Hoje em dia, o aroma mais indicado para quem trata a depressão é o óleo essencial de lavanda. Óleos essenciais de rosa, camomila romana, ylang-ylang e cítricos como bergamota e laranja-pêra, também têm grande procura e resultados satisfatórios segundo a aromatologista. Essa técnica também vale para pessoas que sofrem com ansiedade pois estes aromas, quando inalados, têm o poder de acalmar e relaxar.

Já quem enfrenta distúrbios alimentares, Lígia destaca que os óleos essenciais mais comuns são os de hortelã-pimenta, grapefruit, canela e gengibre. “Todos eles ajudam a amenizar e aliviar a fome hedônica, que é aquela fome por compulsão”, explica.

O óleo essencial de hortelã-pimenta também é muito eficaz para casos de náuseas. Nestes casos, a ajuda é instantânea. Para déficit de atenção, a aromatologista indica os óleos essenciais de cedro, sândalo, vetiver e cravo da Índia.


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Da Redação
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