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Fábio Novo diz que federação não é boa para as legendas e inibe novas lideranças

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O deputado estadual Fábio Novo (PT) afirmou nesta quinta-feira (3) que as federações partidárias podem, na verdade, prejudicar as legendas ao invés de ajudar. No caso do PT, que estuda uma federação com PV, PSB e PCdoB, a união inibiria o surgimento de novas lideranças.

“A Federação é boa para o plano nacional, pois você terá quatro partidos que estão trabalhando nesse momento, no caso PT, PSB, PV e PCdoB. Formando a federação, obrigatoriamente eles estarão juntos nos próximos 4 anos. Isso é bom para a governabilidade no parlamento em nível federal, como também pode ser em nível estadual. Mas no que tange ao Partido dos Trabalhadores, hoje prejudica o PT”, afirmou o parlamentar em entrevista à TV Cidade Verde.

O deputado ressaltou ainda que novos nomes vão ser excluídos da disputa eleitoral. “Na federação nós só poderemos lançar 31 candidatos a deputados estaduais. O PT, como tem maior bancada, possivelmente poderá indicar mais nomes dos 31. Suponhamos que o PT indique metade, seria 16, mas o PT tem hoje 25 nomes, ou seja, tem que tirar nomes e vai tirar que nomes? Geralmente os novos. É natural que quem já tenha um mandato tenha prioridade de permanecer. Aí você inibe que novas lideranças possam efetivamente nascer com a federação. Isso embaralha um pouco”, destacou.

Para Fábio Novo, a federação pode contribuir, por exemplo, para que não haja abertura de processos de impeachment.

“O que está se tentando buscar com a federação é que você tenha uma bancada mínima, que você garanta governabilidade e não tenha brecha para abertura de um impeachment. Acho que essa é a lógica e também aqueles que se alinham mais no projeto que é defendido”, afirma.

Foto: Renato Andrade/Cidadeverde.com

De acordo com o parlamentar, a regra anterior, que proibia coligações, era mais favorável ao crescimento dos partidos.

“A federação foi uma luta dos pequenos partidos para que eles não pudessem desaparecer. Mas no meu ponto de vista a federação não é boa para os partidos. Se realmente queremos fortalecer os partidos, as siglas precisavam marchar conforme a lei eleitoral que foi aprovada proibindo as coligações”, finalizou.

Hérlon Moraes
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