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Cabo da PM é indiciado por homicídio doloso de inocente na Santa Maria da Codipi

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Um dos policiais militares envolvidos na morte de um inocente durante uma perseguição na região da Santa Maria da Codipi, na zona Norte de Teresina, em setembro de 2021, foi indiciado por homicídio doloso no inquérito produzido pela Polícia Civil do Piauí (PC-PI) e que agora será analisado pelo Ministério Público do Estado (MP-PI). 

No relatório, onde constam seis laudos periciais, imagens de câmeras de segurança e 15 depoimentos, sendo 12 de testemunhas e de três policiais ao longo de três meses de investigação, o Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) concluiu pelo indiciamento do cabo André dos Anjos de Sousa por homicídio doloso. 

“O conjunto arrecadado nessa investigação, com base nisso e também com base na própria oitiva dos policiais militares envolvidos, a gente concluiu pelo indiciamento por dolo, na modalidade dolo eventual, de um dos militares que estava trabalhando naquela data”, informou o delegado Robert Lavor, em entrevista ao Jornal do Piauí nesta terça-feira (15).

O comerciante Cândido Constâncio foi baleado e morto com um tiro na cabeça quando o cabo e o soldado Gilderlan Pereira perseguiam um suspeito de assalto que havia empreendido fuga após a captura. Além de imagens de câmeras de segurança, a perícia técnica constatou que o disparo que matou o trabalhador partiu do revólver de André dos Anjos de Sousa.

Presos dias após o ocorrido e liberados posteriormente, os policiais relataram em depoimento que os disparos durante a perseguição foram em legítima defesa, mas as diligências no local não encontraram a arma que teria sido usada pelo suspeito perseguido. No inquérito da PM-PI, os dois foram enquadrados por homicídio culposo, sem intenção de matar.

Apesar disso, os dois policiais militares foram denunciados pela 9ª Promotoria de Justiça que, além do indiciamento do cabo da PM por homicídio doloso, pediu que ambos respondessem pelos crimes de abandono sem ordem superior, desobediência a ordem legal e prática de violência no exercício da função. 

"Tudo aquilo que foi apurado a gente colocou no nosso relatório para que o promotor do Júri analise e decida [se vai oferecer a denúncia]", finalizou o delegado Lavor.

Breno Moreno (Com informações do Jornal do Piauí)
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