Cidadeverde.com

São Paulo repensa o Paulista para evitar crise de lesões de 2021

Imprimir

O tratamento de Copa do Mundo dado ao Campeonato Paulista na temporada passada ficou para trás no São Paulo. A comissão técnica de Rogério Ceni tenta aproveitar a competição estadual para evitar que um novo surto de lesões afete os trabalhos no CT da Barra Funda. Em 2021, foram mais de 30 idas de atletas ao departamento médico.

 Foto: Erico Leonan/SPFC

A mudança de postura tem muita relação com o momento do São Paulo. No ano passado, o Paulista era tratado como obsessão. A gestão do presidente Júlio Casares havia acabado de começar e tinha como missão tirar o clube da fila de oito anos sem título. O tradicional torneio estadual era visto como o caminho mais fácil por uma taça. E assim foi: ao vencer o Palmeiras na final, tricolores soltaram o grito de campeão.

Já no início do Brasileiro, no entanto, os problemas começaram. Jogadores como Luan e Miranda, por exemplo, perderam muitas rodadas por estarem no departamento médico. Inicialmente, a análise feita pela diretoria era de que o esforço feito no Paulista estava cobrando seu preço.

Entre Crespo e seus auxiliares, a solução pensada foi de reduzir drasticamente a carga de treinos, o que não resolveu o problema, dificultou a chegada dos atletas ao nível físico ideal e ainda causou um racha na comissão técnica.

Externamente, o departamento médico do clube era cada vez mais contestado. O Reffis, que antes era tratado como modelo a ser seguido, se tornou ultrapassado. Em mais de uma entrevista, Carlos Belmonte, diretor de futebol, afirmou que o departamento parou no tempo e estava mais de dez anos atrasado.

Atualmente, o Reffis passa por melhorias capitaneadas pelo fisiologista Turíbio Leite, idealizador do núcleo de reabilitação esportiva fisioterápica e fisiológica do São Paulo. Junto com um "comitê de notáveis" criado pelo clube, ele tem conseguido parcerias para melhorar os equipamentos do local.

Em campo, Ceni tenta rodar o elenco para dar tempo de jogo para todos e evitar um desgaste precoce. O treinou utilizou 24 atletas nos cinco primeiros jogos da temporada e não repetiu a escalação em nenhuma das partidas.

Em duelo com a Inter de Limeira a partir das 21h30 desta quinta-feira (17), no Morumbi, agora pela sétima rodada do Paulista, o treinador deve rodar mais uma vez os titulares. A provável escalação tem Jandrei; Rafinha, Arboleda, Diego Costa e Reinaldo; Rodrigo Nestor, Igor Gomes e Nikão; Eder, Marquinhos e Calleri.

"A gente vai tentando rodar as peças porque eu não quero chegar no começo do Brasileiro com o time arrebentado. Esse não é o intuito. O intuito é tentar no Brasileiro -se eu ainda estiver até lá- fazer com que o time esteja mais inteiro", disse Ceni, após a recente vitória sobre a Ponte Preta.

Os únicos que não entraram no rodízio promovido por Ceni foram o meia Gabriel Sara e os atacantes Alisson e Rigoni. Eles foram titulares nas cinco partidas do São Paulo até o momento. O trio aparece, junto com Diego Costa, no topo da minutagem: Sara é o líder com 473 minutos de jogo, seguido pelo reforço ex-Grêmio (422), o jovem zagueiro (390) e o argentino (379).

Apesar do planejamento, alguns rodízios precisaram ser feitos pelo surto de Covid-19 que afetou o São Paulo na reapresentação do elenco. Dezesseis jogadores contraíram a doença, o que gerou irritação de Rogério Ceni e atrapalhou na preparação física. O treinador chegou a ampliar a programação de pré-temporada já durante a disputa do torneio.

Fonte: UOL/FOLHAPRESS

Você pode receber direto no seu WhatsApp as principais notícias do CidadeVerde.com
Siga nas redes sociais