Foto: Arquivo/ Cidade Verde
A média móvel de novos casos de Covid-19 em Teresina caiu de 576 para 261 em um período de 11 dias. As informações são de um levantamento realizado pela Universidade Federal do Piauí (UFPI) e correspondem ao cenário entre os dias sete de fevereiro e a última sexta-feira,18.
Apesar da redução na capital, cinco das regiões saúde que atendem aos 224 municípios do estado estão com elevação no número da média de novos casos de Covid-19.
São elas as regiões da Planície Litorânea, que atende as cidades no entorno de Parnaíba, da Serra da Capivara em São Raimundo Nonato, da Chapada das Magabeiras em Bom Jesus, de Carnaubais e do Vale do Sambito em Campo Maior e Valença.
Para o professor e pesquisador Emídio Matos, doutor em Ciências Biomédicas e membro do Núcleo de Estudos em Saúde Pública da UFPI, o cenário mostra uma interiorização da pandemia. Segundo ele, a redução do número de casos não é uniforme no estado.
O motivo, conforme ele explicou, perpassa por três fatores: obediência as medidas restritivas, avanço na imunização e da terceira dose e a sazonalidade da doença.
“Estamos vivendo um novo momento da pandemia, ainda na terceira onda, com uma redução no território Entre Rios, que é coordenado por Teresina, o que é importante, pois é a região mais densamente povoada, então, isso vai representar uma redução no número absoluto de caso. Isso, porém, não ocorre de maneira uniforme no estado.
Para o professor, a interiorização da doença foi observada também durante a primeira e segunda onda da Covid-19 e representa um risco para o aumento do nível de letalidade da doença, devido a regiões que sofrem com vazios assistenciais em saúde.
“Claro que reduzindo em Teresina alivia bastante, mas há uma preocupação com a interiorização do vírus, devido à fragilidade do sistema de saúde, pois se as pessoas adoecerem mais gravemente, têm regiões com um vazio assistencial muito grande no qual as pessoas precisam se deslocar por distâncias muito grandes. Então, a chance de aumentar a letalidade quando se interioriza é maior”, destacou.
Paula Sampaio
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