Atenção, “menudetes”: o cantor Roy Rosselló, do Menudo, está morando no Brasil. Se essa notícia fosse divulgada nos anos 80, quando a boyband reuniu 200 mil pessoas no estádio do Morumbi, em São Paulo, com certeza o rapaz não poderia nem sair de casa. Hoje, quase quarentão, Roy ainda é reconhecido nas ruas, principalmente por mulheres entre 30 e 40 anos. A reação ainda é carinhosa, mas bem mais comedida.
Roy Rosselló ontem e hoje
|
Mas uma reviravolta fez com que Roy voltasse para o Brasil. Ele descobriu que tinha uma filha brasileira, fruto de uma aventura na época áurea do Menudo. Viajou para Campinas, onde encontrou Bianca, que tinha na época 16 anos. A mãe de Roy montou um álbum com fotos de toda família para a menina conhecer. “Foi muito emocionante”, lembra Roy. Hoje ela tem 22 anos, continua morando em Campinas e mantém uma boa relação com o pai.
Apaixonado pelo Brasil, Roy decidiu continuar no país e aproveitou para retomar a carreira artística. Lançou em 2008 o single “História de amor”, que alcançou o segundo lugar nas rádios de Minas. A música, segundo ele, é uma mistura de ritmos caribenhos, baianos e eletrônicos. Com talento para os negócios, também abriu uma grife de joias e está tentando unir as duas coisas. “De vez em quando sorteio algumas joias para as minhas fãs”, diz Roy, que está inaugurando sua segunda loja em São Paulo.
Mas é do tempo do Menudo que Roy tem as histórias mais divertidas, que vão virar um livro no futuro. “Nunca vi essa histeria com nenhuma outra banda. Depois dos Beatles, só o Menudo. É o tipo de coisa que não acontece mais”, avalia.
Roy lembra da vez em que fãs invadiram a pista de aterrissagem de um aeroporto, obrigando o piloto a recuar. Ou ainda quando estava tomando banho em um hotel, e uma menina apareceu no duto do ar condicionado. “Saí gritando de toalha pelo corredor, chamando a segurança”, conta.
A história mais pitoresca aconteceu no Rio de Janeiro, quando ele e Robby Rosa foram seqüestrados por cinco meninas. Perguntado se as garotas estavam armadas, Roy brinca: “Estavam... Armadas de um corpo maravilhoso” (risos). Segundo o cantor, eles passaram a tarde conversando na praia de Copacabana, até que elas se ofereceram para levá-los de táxi ao hotel onde a banda estava hospedada. Mas o destino dos pobres rapazes acabou sendo um motel em um lugar ermo. O preço para a liberdade? Roy e Robby deveriam dormir com elas. Os menudos fizeram o “sacrifício” e foram libertados. “Elas ficaram felizes e deixaram a gente ir”, lembra.
No entanto, apesar do que pode parecer, Roy e os outros rapazes não tiveram muitos relacionamentos com fãs na época. “Não tínhamos tempo. Nosso empresário ficava em cima, não deixava a gente namorar, colocava seguranças.” Tudo para não atrapalhar a carreira. Para conseguir beijar um menudo, pelo visto, só mesmo sequestrando...