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Uso de cigarro eletrônico aumenta risco de infecção grave por Covid-19

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Foto: Freepik

 

Com inúmeras essências, aparência mais tecnológica e menos odor que os cigarros tradicionais, os vapes (cigarros eletrônicos) podem parecer ser menos inofensivos à saúde, mas dados divulgados pelo Instituto Nacional do Câncer (Inca) mostram que a realidade é outra.

Especialistas afirmam que a ideia do vape ser mais seguro é um mito. Por trás do vapor atrativo, há malefícios semelhantes ao cigarro comum. 

“Na grande maioria das vezes o vape contém nicotina, a substância que causa o vício e a dependência. Muitas vezes é possível encontrar nesse tipo de cigarro uma concentração ainda maior que no convencional. Por isso, ele tem uma capacidade bem maior de causar dependência (quando a nicotina é utilizada em altas doses). Até mesmo quando você não utiliza a nicotina, nele pode conter outras substâncias que também causam prejuízo ao nosso organismo. Por isso, é mito dizer que ele é inofensivo”, explica o pneumologista Braulio Dyego.

Ainda de acordo com o médico, pessoas que utilizam os cigarros eletrônicos têm mais riscos de desenvolver doenças crônicas no pulmão e, consequentemente, mais chances de ter infecção grave por Covid-19. 

"Assim como o convencional, o cigarro eletrônico causa uma inflamação na nossa via aérea e diminui as nossas defesas contra agentes infecciosos. Então, também em último instância, isso pode facilitar infecções virais e bacterianas e infecções até mesmo pela covid”, conta. 

O levantamento feito pelo Inca mostrou também que, além de terem substâncias cancerígenas, os cigarros eletrônicos podem aumentar as chances de desenvolver doenças do coração e aneurismas.

“Os cigarros eletrônicos podem liberar inúmeras substâncias que causam problema ao nosso organismo, como por exemplo a forma aldeído e acetaldeído, relacionadas ao desenvolvimento do câncer. Há também nele diversas substâncias que podem causar lesões nos vasos sanguíneos e aí determinar alterações como infarto agudo do miocárdio, aneurismas e até mesmo um acidente vascular cerebral”, alertou Braulio Dyego.


Foto: Shutterstoc


SINTOMAS

Ficar atento aos sinais do organismo é fundamental para um tratamento eficaz e imediato. Conforme o especialista, ao sentir falta de ar ou dor toráxica, o recomendável é buscar atendimento no pronto-socorro mais próximo.

"Os pacientes que fazem uso de cigarro eletrônico desenvolvem falta de ar intensa, queda da saturação e dor torácica. O recomendado é procurar um pronto-socorro para uma avaliação mais minuciosa porque isso é um alarme que alguma coisa grave está acontecendo em seu pulmão”, alerta.



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Jaqueliny Siqueira
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