Foto: Paulo Sergio/Câmara dos Deputados

O deputado federal Merlong Solano (PT) assinou requerimento solicitando à presidência da Câmara Federal a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a intermediação de verbas do Ministério da Educação (MEC) em benefício de pastores evangélicos ligados ao presidente Jair Bolsonaro. Para Merlong, os áudios vazados na imprensa em que o ministro Milton Ribeiro admite que prioriza a liberação de recursos a prefeituras indicadas por pastores aliados a Bolsonaro revelam violação de princípios constitucionais e prática de crimes previstos no Código Penal. 

“Bolsonaro tem conduzido o país de barbaridade em barbaridade. Presidente despreparado e ministros despreparados. Agora temos mais um escândalo de corrupção, com gabinete paralelo no MEC, revelando que o Ministério não segue critérios técnicos na destinação de verbas do FNDE. Junto com a bancada do PT na Câmara estou requerendo a instauração de uma CPI para investigar a corrupção na Educação. Precisamos investigar, cobrar as explicações dos envolvidos no caso e aplicar as penalidades previstas na lei”, disse o deputado em discurso na tribuna da Câmara nessa quarta-feira (23). 

Merlong chamou atenção para o fato de os pastores Gilmar dos Santos e Arilton Moura, citados no áudio do ministro Milton Ribeiro, terem livre acesso ao Ministério da Educação e cobrarem altos valores de prefeitos para intermediar a liberação de verbas. “Não é o comportamento que esperamos de um líder religioso, assim como não se espera esse comportamento de um ministro e tampouco do presidente. É inadmissível que se cobre qualquer valor para garantir a liberação de recurso público. É crime e precisa de punição”, cobrou o petista.

 

Da Redação
[email protected]