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Após proposta de R$ 1,2 milhão, Setut diz que débito da prefeitura é de R$ 72 milhões

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Foto: Arquivo/Cidadeverde.com

Em meio às negociações que tentam por fim na greve de motoristas e cobradores do transporte público urbano da capital, que completou uma semana nesta segunda-feira (28), o Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Passageiros de Teresina (SETUT) cobra do poder público municipal o pagamento de uma dívida de aproximadamente R$ 72 milhões.

“Nos últimos 30 dias, os assuntos mais discutidos entre a Strans e as duas entidades, foram justamente o pagamento, por parte da Prefeitura, da dívida já gerada nessa gestão para com o sistema de transporte, atualmente acumulado em R$ 72 milhões”, afirmou a advogada Naiara Moraes, consultora jurídica do SETUT/SITT.

Em reunião promovida pelo Tribunal Regional do Trabalho (TRT), o secretário municipal de Finanças, Robert Rios, apresentou uma proposta, onde a Prefeitura de Teresina continuaria repassando para o Setut o valor de R$ 1,2 milhão, parte para o pagamento dos trabalhadores, além da possibilidade de um aporte de um valor não informado, para o subsídio do diesel.

Segundo os empresários, o déficit corresponde a atrasos nos repasses de subsídios acumulados entre novembro de 2020 e fevereiro de 2022. Apesar disso, o sindicato patronal afirma que, em recente reunião com o superintendente da Strans, Cláudio Pessoa, foi comunicado que a Prefeitura de Teresina não reconhece a dívida com os empresários

“Cláudio Pessoa não apenas concordou em fazer essa análise o mais rápido possível, como também em repassar, a partir de março, R$ 625 mil para cobrir apenas o último reajuste do óleo diesel (18%), e também afirmou para os dois sindicatos, laboral e patronal, em reunião presencial, que concordava com os números apresentados pelo Setut referente às quantidades mensais de gratuidades que se deslocam nos ônibus da cidade sem pagar passagens, resultando em um valor aproximado de R$ 1,8 milhão”, disse Moraes.

Por fim, a advogada do SETUT pontuou que a Prefeitura tem descumprido o prazo firmado para assumir a gestão operacional da bilhetagem eletrônica, a Prefeitura segue desrespeitando o acordo, aprovando e sancionando projetos de leis com o objetivo de passar a comercialização de créditos para a Eturb e Strans.

“Já no terceiro ponto foi sobre a gestão operacional da bilhetagem eletrônica, no qual foi cedida pelo Setut para a Strans, e ela teria que passar a operar a partir de 01 de dezembro de 2021. A terceira parte do acordo também não está sendo cumprida pela Prefeitura”, concluiu Moraes.

Da Redação
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