Cidadeverde.com

Após proposta de empresários, motoristas marcam assembleia para decidir futuro da greve

Imprimir

Foto: Renato Andrade/ Cidade Verde

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores Em Empresas de Transportes Rodoviários No Estado do Piauí (Sintetro), Antônio Cardoso, anunciou que os trabalhadores vão realizar uma nova assembleia para decidir o futuro da greve de motoristas de cobradores na capital. 

A paralisação completa 21 dias neste domingo (10). A categoria reivindica melhores condições salariais, bem como o retorno de direitos trabalhistas, como o plano de saúde e o tíquete de alimentação.  

 Segundo Antônio Cardoso, a reunião está marcada para às 9h e ocorrerá na sede do Sintetro, localizada no Centro de Teresina. 

O presidente do sindicato destacou que caberá aos trabalhadores, em grupo, decidirem pela continuidade ou não da greve. Porém, fez críticas a proposta dos empresários e comparou com um “suicídio” a possibilidade de aceitarem alguns dos termos postos. 

PROPOSTAS 

Segundo Antônio Cardoso, dentre as propostas que enfrentam resistência entre o grupo estão a proposições de reajuste salarial feita pelo Setut e a de exclusão da função de cobradores de novas frota de ônibus em circulação.

A proposta feita pelos empresários reajusta o salário de motoristas de R$ 1.941 mil para R$ 2 mil, de R$ 1.231 mil para cobradores  e de R$ 1.325 mil para fiscais, além de conceder R$ 150 de tíquete alimentação e R$ 50 de auxílio saúde. 

Para Antônio Cardoso, a proposta de reajuste não representa um ganho real para categoria que, segundo ele, está com os salários congelados desde 2019. Ele também não considerou justos os valores de plano de saúde e tíquete alimentação.

“Como presidente do Sintetro não posso ser tendencioso nem para a continuidade da greve, nem para ela tenha um fim, que vai decidir será o trabalhador. Atuamos como um intermediador e caberá a nós apresentar a realidade”, destacou. 

ILEGALIDADE DA GREVE 

Antônio Cardoso relembrou que a partir deste domingo (10), por uma decisão judicial, foi decretada a ilegalidade da greve. O sindicalista avaliou a situação e fez uma crítica em relação a atuação da justiça em relação ao caso. 

“Recebemos ofício que a partir de hoje a greve será decretada ilegal. Respeitamos o poder judiciário, mas na nossa humilde imaginação, pensamos que a Justiça do Trabalha teoricamente seria para respeitar o direito dos trabalhadores para depois cobrar o que não estamos fazendo. Mas a realidade é essa. Não somos jurídicos, mas nossa imaginação é essa”, avaliou. 

Paula Sampaio
[email protected] 

 

Você pode receber direto no seu WhatsApp as principais notícias do CidadeVerde.com
Siga nas redes sociais