Foto: Redes sociais @dceuespi
A chuva ocorrida na noite de domingo (17), deixou parte do Centro de Ciências da Saúde (CCS) e da Faculdade de Ciências Médicas (Facime) da Universidade Estadual do Piauí (Uespi) alagados na cidade de Teresina, o que deixou os alunos sem aula nesta segunda-feira (18). Os estudantes criticaram o sucateamento da instituição.
A situação aconteceu exatamente no dia em que ocorreu o retorno de 100% das atividades presenciais na Uespi após dois anos devido à pandemia da Covid-19.
De acordo com o Diretório Central dos Estudantes (DCE) da Uespi, o prédio está em péssimas condições para atender os alunos.
“O prédio está em condições precárias, com infiltrações, salas alagadas e sem estruturam nenhuma para comportar os estudantes. A Uespi vive um abandono total por parte do Governo do estado e de uma Reitoria que permanece omissa diante do sucateamento. Num retorno em que não há o mínimo de estrutura para oferecer aos estudantes, sem políticas de assistência e permanência estudantil, e com mais de 500 disciplinas sem professores”, afirmou o DCE em nota divulgada nas redes sociais.
Foto: Redes sociais @dceuespi
Ao Cidadeverde.com a assessoria de imprensa da Uespi informou que a situação ocorreu em decorrência das fortes chuva e ventos, e que Pró-reitoria de Administração já está tomando as devidas providências para evitar que a situação se repita.
"A Uespi tem 12 campi (10 no interior e 2 na capital) e somente um centro ( e não campus) está com problemas, que foram causados por uma das maiores chuvas na capital. A Uespi está trabalhando na Facime e as aulas serão iniciadas logo", informou a Uespi em nota.
Situação da Uespi gera críticas
Nesta segunda-feira ocorreu o retorno das aulas 100% presenciais nos 12 campi da instituição para o início do período acadêmico 2021.2. Para o retorno foram estabelecidas algumas medidas sanitárias, como aulas em salas com portas e janelas abertas, uso de máscara, mesmo após a flexibilização, e cartão de vacinação.
Muitos alunos criticaram o retorno presencial, por falta de estrutura da instituição. “Essa volta na Uespi está sendo conturbada, a gente não se sente 100% seguro, a Uespi ainda não tem condição, tanto estrutural, quanto de higiene em si, por isso achamos essa volta presencial precipitada”, afirmou a aluna Ana Paula.
Já a estudante Lizane Nery, criticou o sucateamento. “Quem olha para a Uespi, vê que a gente não tem uma grande estrutura, então a gente vê salas que não tem um acabamento perfeito, ar-condicionados que não estão prestando, goteiras, isso no meu setor, imagina nos outros setores e campi. Então essa volta é arriscada”, criticou.
Sobre essas críticas, o pró-reitor de Ensino da universidade, Paulo Henrique, informou que existem cerca de R$ 24 milhões para serem investidos na instituição para a realização de melhorias.
“Foram destinados R$ 2 milhões por campus da Uespi para adequações e reformas, totalizando R$ 24 milhões, já que somos 12 campi e então isso vai dar um fôlego muito grande e a professora Fábia Buenos Aires, que é a pró-reitora de Administração, está correndo contra o tempo para liberar o quanto antes esse recurso”, afirmou.
Nota da Uespi
O que aconteceu no CCS foi em função das fortes chuvas e ventos na cidade de Teresina. Toda a cidade, infelizmente, sofreu consequências. A nossa Facime também infelizmente sofreu.
A PRAD - Pró-reitoria de Administração já está atuando no caso.
A manifestação dos alunos e professores é válida. A Uespi tem 12 campi (10 no interior e 2 na capital) e somente um centro ( e não campus) está com problemas, que foram causados por uma das maiores chuvas na capital. A Uespi está trabalhando na Facime e as aulas serão iniciadas logo.
Nota do DCE
As atividades presenciais de ensino retornam hoje na Universidade Estadual do Piauí e a situação dos prédios que os estudantes tem encontrado é deplorável.
Os registros acima são do Centro de Ciências da Saúde (CCS-UESPI), o prédio está em condições precárias, com infiltrações, salas alagadas e sem estruturam nenhuma para comportar os estudantes.
A UESPI vive num abandono total por parte do Governo do estado e de uma Reitoria que permanece omissa diante do sucateamento. Num retorno em que não há o mínimo de estrutura para oferecer aos estudantes, sem políticas de assistência e permanência estudantil, e com mais de 500 disciplinas sem professores.
Nós do DCE UESPI convocamos toda a comunidade acadêmica para debater saídas frente aos processos de precarização nesta quarta-feira (20), numa Assembleia Estudantil, (horário e local ainda serão definidos).
Só a luta muda a vida! Só a luta muda a UESPI!
Bárbara Rodrigues
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