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Infectologista alerta sobre risco de reinfecção da dengue e faz esclarecimento

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Foto: Renato Andrade/Cidadeverde.com

Com a explosão de casos de dengue no Piauí, o médico infectologista José Noronha, diretor do Instituto de Doenças Tropicais Natan Portella, em Teresina, fez um alerta a população sobre o risco de reinfecção pela doença.

Atualmente existem seis registros de óbito por dengue, quatro ainda estão sob suspeita, e aguardam exames médicos para confirmação.

Segundo o especialista, os sintomas da dengue não costumam gerar complicações graves, exceto para crianças, idosos, grávidas ou pessoas com doenças crônicas, porém, como existem variações dos tipos de vírus transmitidos pelo mosquitos aedes aegypti.

“Normalmente é muito raro você ter um caso mais grave de dengue, mas tem uma pegadinha. Você pode ter dengue quatro vezes na vida, pois existem quatro tipos de vírus da dengue. Quando você tem a primeira vez, você garante imunidade contra aquele primeiro tipo, porém, contra um outro tipo, você tem uma chance maior de desenvolver uma forma grave”, explica o médico.

Com o aumento dos casos em 2022, o infectologista acredita que esse surto pode estar relacionado a subnotificação ao longo dos dois anos de pandemia, quando quase todas as ações epidemiológicas estavam voltadas para conter o avanço da Covid-19.

“A gente pode estar vendo o reflexo da subnotificação dos últimos anos. E mesmo se tratando de subnotificação, por exemplo, no Brasil como um todo, de Norte a Sul, do Amapá ao Rio Grande do Sul. Tivemos estados que tiveram mais de 100% de novos casos em 2021, se comparando a 2020”, frisou Noronha.

Sintomas da dengue

De acordo com o Ministério da Saúde, a infecção por dengue pode ser assintomática (sem sintomas), leve ou grave. Neste último caso pode levar até a morte. 

Normalmente, a primeira manifestação da dengue é a febre alta (39° a 40°C), de início abrupto, que geralmente dura de 2 a 7 dias, acompanhada de dor de cabeça, dores no corpo e articulações, além de prostração, fraqueza, dor atrás dos olhos, erupção e coceira na pele. Perda de peso, náuseas e vômitos são comuns. Em alguns casos também apresenta manchas vermelhas na pele.

Na fase febril inicial da dengue, pode ser difícil diferenciá-la. A forma grave da doença inclui dor abdominal intensa e contínua, vômitos persistentes e sangramento de mucosas. Ao apresentar os sintomas, é importante procurar um serviço de saúde para diagnóstico e tratamento adequados, todos oferecidos de forma integral e gratuita por meio do Sistema Único de Saúde (SUS).

Como combater a dengue

  • Não deixe água acumulada sobre a laje;
  • jogar no lixo todo objeto que possa acumular água, como embalagens usadas, potes, latas, copos, garrafas vazias etc;
  • guardar garrafas, para retorno ou reciclagem, emborcadas e em local em que não acumulem água;
  • colocar o lixo em sacos plásticos e manter a lixeira bem fechada;
  • não jogar lixo em terrenos baldios;
  • manter o saco de lixo bem fechado e fora do alcance dos animais até o recolhimento pelo serviço de limpeza urbana;
  • manter a caixa d’água completamente fechada para impedir que vire criadouro do mosquito;
  • manter bem tampados tonéis e barris d’água;
  • encher de areia até a borda os pratinhos dos vasos de planta ou lavá-los com escova, água e sabão semanalmente;
  • lavar semanalmente por dentro, com escova e sabão, os tanques utilizados para armazenar água;
  • remover folhas e galhos e tudo o que possa impedir a passagem da água pelas calhas;
  • se você tiver vasos de plantas aquáticas, trocar a água e lavar o vaso, principalmente por dentro, com escova, água e sabão, pelo menos, uma vez por semana;
  • lavar semanalmente, principalmente por dentro, com escova e sabão, os utensílios utilizados para guardar água em casa, como jarras, garrafas, potes, baldes etc.

 

Breno Moreno
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