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Secretário afirma que fim do “passaporte da vacina” no Piauí só com aval do COE

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O passaporte da vacina (cartão com três doses dos imunizantes contra a covid-19) só deixará de ser obrigatório após decisão do COE (Comitê de Operações Emergenciais). O secretário Estadual de Saúde, Neris Júnior, ressaltou hoje em entrevista ao Jornal do Piauí, que mesmo com indicadores positivos qualquer mudança de decreto somente com análise do COE estadual. O Comitê é composto por cientistas, pesquisadores, infectologistas e técnicos da Sesapi  

O Piauí já está há 8 dias sem registrar mortes por Covid e existem apenas 74 internações em decorrência da doença. 

O cartão de vacinação com as três doses foi uma recomendação aprovada no COE para incentivar a imunização. Para ter acessos aos órgãos públicos estaduais é obrigatório apresentar a caderneta de vacinação. 

O COE já liberou o uso de máscara em locais abertos. Para locais fechados, apenas em municípios com mais de 60% de população vacinada com dose de reforço.

Segundo secretário Neris Júnior, a população tem entendido a importância das medidas sanitárias, principalmente após o aumento de 53 para 156 municípios aptos para liberarem o uso de máscara em locais fechados. Até o momento não estão sendo analisadas novas flexibilizações.

“Os municípios estão avançando com as campanhas de vacinação, a população deve buscar os postos de saúde para atualizar o cartão de vacina. O COE tem que se reunir a cada 14 dias para analisar os indicadores, estamos a 8 dias sem mortes e a diminuição dos casos, e o aumento da dose de reforço. Essa não é uma decisão apenas do secretário, nem dos municípios, mas dos membros do COE, e esperamos que os números melhorem para voltar ao normal”, afirmou.

Foto: Ascom/Sesapi

Secretário Neris Júnior

Sobre uma flexibilização nas doses de vacina e na exigência do cartão de vacinação para entrada em órgãos, ele afirmou que ainda não tem uma previsão para isso.

“Na última reunião do COE a exigência do cartão de vacinação ficou ainda de maneira obrigatória, esperamos que logo esses números sejam favoráveis, essa medida do cartão não será necessária, mas no momento continua sendo necessário”, destacou.

Dengue

Nesta sexta-feira (22) ocorreu uma reunião entre o secretário Neris Júnior e a presidente do Conselho de Secretários Municipais de Saúde (Cosems), Auridene Moreira, e a vice-presidente, Leopoldina Cipriano, para tratar sobre medidas de enfrentamento a dengue, já que o estado teve um aumento de 610% dos casos, se comparado ao mesmo período no ano passado.

O mosquito Aedes aegypti transmite várias doenças, entre elas a dengue e a febre amarela urbana, além da Zika e Chikungunya. De acordo com a Sesapi, 28 municípios vem apresentando maior impacto em relação a doença.

Foto: Ascom/Sesapi

Reunião sobre a dengue

"Verificamos um grande aumento do número de casos por todo o estado nas últimas semanas. Nossas equipes técnicas já vem mantendo um contato com nossos municípios buscando melhores estratégias para reduzir os casos. Com essa atuação conjunta ao Cosems esperamos ter maior efetividade das ações para redução de casos", disse o secretário Neris Júnior.

Na reunião foi decidido que devem ser mantidas medidas preventivas, como o uso do carro fumacê, que dispersa um inseticida que mata o mosquito, além da importância de campanhas preventivas e da realização de exames laboratoriais para comprovaros casos de dengue.

“Já estamos empregando o uso do carro fumacê em alguns municípios e viabilizando este serviço para outras cidades piauienses, mas também precisamos que a população nos ajude. Nossas equipes já verificaram que mais de 80% dos criadouros de mosquito são localizados em ambientes domiciliares. Caso a população ajude a eliminar esses locais propícios para o desenvolvimento do mosquito, teremos uma boa resposta no que diz respeito à redução de casos de dengue", destacou o secretário.

A presidente do Cosems, Auridene Moreira, afirmou que é importante ter um plano de contingência efetivo para atender a situação.

"Buscamos essa aproximação com a Sesapi para reforçar as ações de enfrentamento a dengue e a chikungunya no nosso estado através de um plano de contingência mais efetivo. Esse diálogo procura identificar o que podemos estar trabalhando para orientar e reforçar os municípios das nossas regiões de saúde. Além disso, identificamos também a necessidade de um chamamento junto à população para nos ajudar no enfrentamento a dengue", disse presidente do Cosems.

 

Bárbara Rodrigues
[email protected]

 

 

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