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Bolsonaro chama perdão de pena a Silveira de ato simbólico 'para garantia da liberdade'

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Foto: Alan Santos/PR

Um dia depois de ter concedido perdão de pena ao deputado federal Daniel Silveira (PTB-RJ), condenado pelo STF (Supremo Tribunal Federal) por atos antidemocráticos, o presidente Jair Bolsonaro (PL) defendeu nesta sexta-feira (22) a sua decisão e classificou o ato como simbólico.

"Ontem foi um dia importante para o nosso país. Não pela pessoa que estava em jogo [Silveira] ou por quem foi protagonista desse episódio, mas do simbolismo de que nós temos mais que o direito, nós temos a garantia da nossa liberdade", afirmou.

As declarações foram dadas em uma solenidade em Porto Seguro de comemoração aos 522 anos da chegada dos portugueses ao Brasil.

Antes, sem fazer referências diretas ao indulto, Bolsonaro afirmou que muitas vezes enfrentas decisões difíceis, mas que não deixará de tomá-las.

"Vocês devem saber também como as decisões muitas vezes são difíceis. Mas eu sei que pior que uma decisão mal tomada é uma indecisão. Nós não deixaremos de, na hora certa, seja com o sacrifício do que for, tomar a frente e dar um rumo para o nosso Brasil".

Na sequência, voltou a falar em liberdade, sendo aplaudido pelos seus apoiadores: "Essa liberdade, você tem que conquistá-la, mantê-la dia após dia. Tem certas coisas que só se dá valor depois que se perde".

O presidente estava acompanhado do filho, deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), do deputado federal Hélio Lopes (PL-RJ) e do deputado federal João Roma (PL-BA), pré-candidato do campo bolsonarista ao governo da Bahia.

Por causa de ataques aos membros do Supremo, Daniel Silveira foi condenado na quarta-feira (20) pela mesma corte por 10 votos a 1.

Os ministros também aprovaram cassar o mandato de deputado, suspender os direitos políticos de Silveira, que articula candidatura ao Senado, e aplicar multa de cerca de R$ 192 mil.
Nesta sexta, o partido Rede Sustentabilidade apresentou ao STF uma ADPF (Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental) contra o perdão de pena concedido por Bolsonaro. Rosa Weber será a relatora.

Fonte: Folhapress

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