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Nenhuma facção dá ordem de dentro do sistema prisional, diz Carlos Edilson

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O secretário de Justiça, Carlos Edilson, afirmou nesta quarta-feira (22) que a existência de facções no Piauí é uma realidade, mas afirmou que nenhuma facção dá ordem de dentro do sistema prisional do estado, devido as medidas de segurança implementadas e também pela atuação da polícia penal.

De acordo com o secretário, foram implementados vários procedimentos de segurança nas unidades penais e estão conseguindo evitar a atuação das facções.

“Na Casa de Custódia fazíamos uma vistoria e encontrávamos de 10 a 12 celulares, e fazíamos uma vistoria sete dias depois e encontrávamos a mesma quantidade. Ou então fuga por túnel. Isso há muito tempo não acontece, pois foram adotados novos procedimentos e o que impede isso é o estado estar presente, esses resultados são graças ao efetivo trabalho dos policiais penais. Hoje temos esse problema de facções existentes no sistema, mas temos trabalhado de forma muito forte e com inteligência, pois para trabalhar no sistema prisional é preciso se antecipar, e é o que temos adotado na Sejus”, destacou.

Fotos: Renato Andrade/Cidadeverde.com

Ele disse que reconhece que existe uma atuação das facções no estado, mas que diante das medidas de segurança implementadas, elas não conseguem interferir no que acontece dentro do sistema prisional.

“Para resolver um problema é preciso reconhecer. Nós reconhecemos que dentro do sistema prisional existem facções. E como trabalhamos? Tratando elas de maneira isonômica e respeitando o mesmo procedimento. No sistema prisional é o estado quem manda, são os policiais penais que ali estão, então lá não tem presos de facção A, B ou C, todos tem que cumprir o mesmo protocolo de segurança. E é isso que vamos fazendo, trabalhando com muita inteligência e tentando se antecipar. Temos uma repressão muito forte no Piauí, a polícia todo dia está prendendo. Existe esses homicídios, é briga de território, brigam fora, mas estamos conseguindo controlar. No sistema conseguimos controlar e manter com equilíbrio, facção nenhuma dá ordem de dentro do sistema prisional”, destacou.

Ele pontuou que também estão conseguindo barrar a entrada de celulares nos maiores dos estabelecimentos penais e que isso ajuda a manter os protocolos de segurança.

Ressocialização

Com mais de 5 mil presos, sem contar os que possuem tornozeleira eletrônica, em 17 unidades penais, o estado vem trabalhando medidas de ressocialização. Muitos presos possuem direito a assistir aulas de dentro do sistema prisional, e outros ainda podem trabalhar.

“Não posso falar em ressocialização se eu não tiver um sistema penitenciário disciplinado e equilibrado. Hoje é perceptível colher esses resultados, temos presos no nosso sistema que estão limpando praças públicas, e que em parceria com a prefeitura de Teresina que estão auxiliando no processo de asfaltamento das ruas de Teresina, temos outro contrato com uma empresa e lá eles podem exercer esse trabalho e receber por isso”, explicou.

Para trabalhar fora da penitenciária, é necessário que os presos sejam do sistema semiaberto, onde a Justiça autoriza que a pessoa saia do sistema prisional de dia e volte para dormir a noite.

“Nos próximos dias vamos inaugurar a nossa primeira fábrica de blocos pré-moldados dentro do sistema prisional, para servir a Construção Civil. Vai funcionar na Colônia Agrícola Major César, adquirimos um material por meio de convênio, e temos mais duas previstas para inaugurar. Da Colônia Agrícola qualquer um pode participar, mas claro que temos reponsabilidade e eles passam por um critério de avaliação e são acompanhados pela nossa diretoria de inteligência. Até hoje não tivemos problemas com esses presos que estão trabalhando. Eles não são obrigados a trabalhar, agora o trabalho faz com que tenham sua pena diminuída. A cada três dias de trabalho, é um dia a menos na pena. E eles percebem os benefícios que isso traz. Hoje o Piauí é o 5º da federação proporcionalmente com a maior quantidade de presos estudando, graças à parceria firmada com a Secretaria da Educação”, destacou.

 

Bárbara Rodrigues 
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