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Autoaceitação é fundamental para ressignificar padrões de beleza, diz especialista

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Foto: Freepik




O mundo está caminhando para que o conceito de beleza seja compreendido em toda sua multiplicidade, mas o debate sobre o assunto ainda é controverso, especialmente porque muitos ainda se submetem a qualquer sacrifício para se enquadrar num padrão ultrapassado e inacessível. E infelizmente, muitas vezes as pessoas agem desta forma motivadas por celebridades e influencers.

Recentemente, em entrevista ao The New York Times, a modelo e influenciadora norte-americana Kim Kardashian declarou que comeria até cocô todos os dias se isso a mantivesse jovem.

De acordo com o cirurgião plástico Victor Cutait, embora a socialite tenha usado um exemplo bastante extremo, frases como essa incentivam as pessoas a fazerem coisas absurdas em prol da beleza.
 
“Frases como essa são verdadeiros desserviços, pois fazem com que as pessoas acreditem que realmente vale tudo para alcançar uma beleza inatingível. A melhor forma de se sentir bem consigo mesmo é evidenciando sua beleza, dando destaque para os melhores traços naturais e não tentando simular características que anulam as verdadeiras feições. A beleza é ampla e plural, não há um padrão”, explica.
 

Ressignificando os padrões de beleza

A sociedade vem adaptando-se às mudanças culturais e comportamentais e, entre elas, está a percepção sobre o padrão de beleza que aos poucos vêm sendo ressignificado pelo movimento de autoaceitação. Já não é considerado normal que apenas pessoas jovens, brancas, de cabelos lisos e magérrimas sejam consideradas belas, afinal, a beleza possui diferentes cores, tipos de corpos, cabelos e idades.
 
Ainda assim, é grande a vontade dos brasileiros de se adequarem o mais perto do irreal “padrão” pré estabelecido. Os dados da Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética (ISAPS), atestam que o Brasil ultrapassou os Estados Unidos, se tornando o país que mais realiza cirurgias plásticas.

“A busca por um padrão de beleza irreal faz com que pacientes procurem profissionais sem a devida formação e que conquistam clientes prometendo resultados milagrosos. Então, percebo que vem acontecendo uma banalização da cirurgia plástica por parte de pessoas que parecem não entender sua seriedade. Isso é perigoso e coloca a saúde do paciente em risco”, afirma Victor Cutait.
 
Procedimentos estéticos trazem benefícios para a autoestima, mas é fundamental lembrar que toda cirurgia possui risco. Para o médico cirurgião plástico, é muito importante buscar melhorias estéticas que elevam a autoestima, mas, acima de tudo, é preciso atentar-se à saúde.

“É importante manter a autoestima e a boa relação com o corpo, mas, no momento de decidir realizar o procedimento cirúrgico é primordial colocar a saúde como prioridade e procurar profissionais qualificados”, conclui.

 


Da Redação
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