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Corpo de bebê passa por novos exames no IML; delegada diz que mãe não abandonou filho

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Fotos: Renato Andrade/Cidadeverde.com

A delegada Lucivânia Vidal, da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), informou que segue com a investigação após a morte do bebê Manoel Arthur Sousa Vieira, de 11 meses, no Hospital Municipal da Criança, no bairro Parque Piauí, na zona Sul de Teresina, no domingo (3). O corpo passa por novos exames, já que o primeiro laudo do Instituto de Medicina Legal (IML), apontou a causa da morte como indeterminada. A delegacia ainda deverá ouvir a equipe do hospital, já que existe uma divergência de informações em relação ao que a unidade de saúde afirma e o que a família diz sobre o caso, mas segundo a delegada, o que se sabe é que a mãe não abandonou o filho, como foi informado pelo hospital.

O caso tem gerado bastante repercussão após surgir a suspeita de que a criança poderia ter sido vítima de violência. De acordo com nota divulgada pelo Hospital Municipal da Criança, o bebê deu entrada sem vida por volta das 18h40 e a mãe fugiu do local, por isso a equipe de plantão registrou um Boletim de Ocorrência. A suspeita de que o bebê teria sido vítima de violência, fez com que a Polícia Civil fosse acionada.

Já nessa segunda-feira (4), a mãe, uma adolescente de 16 anos, e a bisavó do bebê falaram com a imprensa em frente ao IML e negaram que a criança tenha morrido por maus-tratos e apontaram que a causa da morte seria engasgamento. Alegaram ainda que a criança deu entrada com vida no hospital e que por volta da meia noite foram informadas sobre a morte e que poderiam ir para casa, negando então que a mãe tinha fugido. A família disse que vai ingressar com uma ação judicial contra o médico do hospital por informação caluniosa. 

Bisavó mostra laudo da morte do bebê

O laudo do IML apontou que a causa da morte como indeterminada, por isso a delegada Lucivânia Vidal informou que o corpo deve passar por novos exames para que possa ser atestada a real causa da morte. A delegada disse que aguarda esse laudo, para depois ouvir outras pessoas, como os profissionais do hospital que fizeram o atendimento, já que existe essa divergência entre as informações.

A família já foi ouvida e a delegada apontou que nesse caso não ocorreu qualquer tipo de abandono por parte da mãe.

“O que a gente já constatou é que não houve abandono, a família ficou até o atestado do médico dizer que a criança veio a óbito e que não havia nada a fazer e que no outro dia procurassem o HGV [onde funciona o Serviço de Verificação de Óbitos]. Na segunda-feira procuraram o HGV e foram informadas que o corpo estava no IML”, explicou.

Como a família relata que ocorreu um engasgamento, a delegada disse que descobrir a causa da morte é essencial para o andamento da investigação. Ela explicou ainda que não descarta nenhuma hipótese, mas pontuou que o corpo não apresentava sinais de violência.

Foto: Renato Andrade / Cidadeverde.com

“A polícia agora está trabalhando em cima da causa mortis, o que levou a morte da criança, então temos um leque de investigações, a nossa linha de investigação é grande. Pode ser um homicídio doloso? Pode. Pode ser um homicídio culposo? Pode. Também pode ter sido uma causa mortis por engasgo ou por alguma outra coisa, então não estamos retirando nenhuma causa. Não estamos procurando um culpado, a partir do momento que encontra a causa mortis, vamos saber como proceder com a investigação. O que o corpo fala de imediato, a corpo nu, sem uma perícia mais detalhada, é que a criança não apresentou uma agressão física. Pelo que a polícia já tem, a criança chegou desmaiada, agora a gravidade desse desmaio, o motivo desse desmaio, tudo ainda está em investigação”, destacou.

Bárbara Rodrigues
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