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Bombeiros ainda monitoram informações que possam levar a corpo de estudante

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Foto: Reprodução/Instagram @luccasliv

Quase 3 meses após o desaparecimento do estudante Lucas Vinícius Monteiro Oliveira, supostamente nas águas do Rio Poti, o Corpo de Bombeiros ainda atua no caso, só que agora monitorando informações que possam levar ao corpo do jovem. A namorada de Lucas, a advogada Gabriela Vasconcelos, relatou à polícia que ele se jogou da Ponte Juscelino Kubitschek no dia 24 de abril quando retornavam de uma festa. Até hoje, quase 90 dias depois, nada foi encontrado.

“Qualquer informação que chegue, a gente monitora. Os pescadores ajudam muito. A gente vai lá e averigua. É uma roupa que foi encontrada, ou o que quer que seja. Quando há algo, vamos lá, resgatamos e passamos para a Polícia Civil”, informou o Coronel Veloso, do Corpo de Bombeiros.

O Corpo de Bombeiros ressalta que vem trabalhando com suposições, pois não há nada que comprove que o estudante tenha realmente se jogado, a não ser a versão contada pela namorada.

“Teve a correnteza do Poti na época e a do Parnaíba, ou não, estamos lidando com suposições. Como são muitas as possibilidades, a gente termina perdendo o referencial. As primeiras 48h são o referencial de estar próximo do lugar que aconteceu”, explica o coronel.

Em casos semelhantes, quando o rio está cheio, o coronel explica que um corpo pode ser arrastado por até 10km nas primeiras 24 horas.

“A correnteza interfere muito. Quando eu tenho a correnteza eu tenho a profundidade. A dificuldade começa por aí. Eu tenho a turbidez maior da água. Dificulta a visibilidade. Tem o transporte, o arrasto. 24 horas é o suficiente para arrastar um corpo por mais de 10km. Passou de 48h ele já vai para mais de 20 km, 30 km. Isso aumenta a área de busca e interfere. Quem nos ajuda muito na verdade são os pescadores. Era no período do defeso e eles não estavam pescando”, explica.

Major Veloso ressalta que 20 dias depois do incidente, o Corpo de Bombeiros foi acionado para fazer buscas na região do Poty Velho, mas nada foi encontrado.

“O rio Poti é um rio de água parada no período seco, mas no período que aconteceu tinha essa condição (cheia). Nós não fazemos buscas noturnas de mergulho. É um protocolo internacional. Fizemos buscas 20 dias depois no Poty Velho, mas nada foi encontrado”, ressalta.

Na última quarta-feira, a TV Cidade Verde exibiu uma entrevista com Gabriela Vasconcelos, onde ela afirma que vem sofrendo uma série de ataques e ameaças nas redes sociais a responsabilizando pelo caso. 

Polícia segue investigando

O caso segue sendo investigado pela Delegacia de Desaparecidos, que faz parte do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), da Polícia Civil do Piauí.

Hérlon Moraes
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