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Gilberto Albuquerque se reúne com empresários e consegue soro por mais 30 dias em Teresina

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Foto: Renato Andrade/Cidadeverde.com

O presidente da Fundação Municipal de Saúde (FMS), Gilberto Albuquerque, se reuniu na manhã dessa quinta-feira (11) com empresários e conseguiu garantir o abastecimento de soro e dipirona para os próximos 30 dias na rede municipal hospitalar.

A cidade estava correndo um risco de desabastecimentos nos próximos dias, com a falta de soro e medicamentos, como a dipirona, o que prejudicaria os atendimentos e cirurgias eletivas nos hospitais de Teresina. 

“Nos reunimos na sede da FMS e conseguimos alguns fornecedores que se juntaram e garantiram o abastecimento para 30 dias, e espero que até esses 30 dias a gente já tenha um novo estoque”, afirmou.

Segundo o presidente ocorreu um aumento de 1.000% no preço dos medicamentos, e ainda tem uma lista divulgada pela Anvisa sobre medicamentos que estão em falta no mercado devido à alta demanda.

“Está faltando matéria prima. Todas as indústrias foram para a China, e se ocorrer um desastre de novo na China, todo mundo vai ficar desabastecido. 95% das fábricas de medicamentos são de lá. O Ministério da Saúde diz que não tem o que fazer. Nas primeiras reuniões pedíamos o abastecimento, mas agora não tem o que fazer, pois não tem matéria prima”, destacou.

De acordo com Gilberto Albuquerque, essa situação vem sendo enfrentada há algum tempo. Na capital piauiense, por exemplo, a falta medicamentos chegou a comprometer o atendimento a pacientes com dengue, doença que já infectou mais de 8.203 teresinenses em 2022

"Há três meses atrás não tínhamos como comprar dipirona e paracetamol, que é o medicamento para febre, e estávamos em um pico de dengue. Por sorte já conseguimos o paracetamol e outras apresentações de dipirona, mas nas farmácias privadas, por exemplo, você não consegue encontrar dipirona pediátrica, porque ela ainda está em falta de um modo geral", lembrou. 

"Malabarismo"

Para contornar a falta de insumos, o presidente da FMS revelou que o órgão precisou fazer “malabarismo” com o estoque de medicamentos disponível. Uma alternativa adotada foi a substituição de remédios quando possível. 

“Às vezes usamos um antibiótico que tem uma potência média e temos que usar um muito mais potente e caro, que às vezes leva ao consumo exagerado, aumentando o preço ou levando a falta futuramente”, argumentou. 

Por fim, Gilberto Albuquerque lembrou que a corrida por remédios em todo o país tem causado uma inflação nos preços praticados no mercado. Segundo o gestor, isso também afeta as finanças da FMS. 

“Não temos escolha. Temos que atender o paciente que precisa (...) Essa escassez está levando a valores estratosféricos. É muito caro consumir o nosso gasto todo que seria usado em outras atividades”, finalizou.

Bárbara Rodrigues e Breno Moreno
[email protected]

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