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Justiça determina nova prisão do jornalista Arimatéia Azevedo

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Foto: Arquivo/Cidadeverde

O jornalista Arimatéia Azevedo foi preso na manhã desta quinta-feira (18) em sua residência, na zona Sudeste de Teresina, por decisão do juiz Luiz de Moura Correia, da 1ª Vara Criminal da Comarca de Teresina, que revogou a prisão domiciliar e determinou a prisão preventiva com base em condenação por crime de extorsão. Arimateia já tinha sido preso em março deste ano, após condenação relacionada a outro processo por crime de estelionato.

A decisão pela prisão preventiva foi proferida ontem (17), no julgamento de embargos de declaração propostos pelo jornalista contra a decisão do dia 11 de agosto deste ano, que o condenou ele a 8 anos e 4 meses de reclusão e pagamento de 18 dias-multa. Nos embargos,  Arimatéia Azevedo afirmou que existe um depoimento da vítima que o isenta do crime, alegou a inexistência de provas e que a sentença foi “ambígua”, com relação a uma suposta extorsão de R$ 15 mil.

Na decisão, o juiz Luiz de Moura afirmou que não existe irregularidade na decisão, revogação a prisão domiciliar e determinou a preventiva.

A prisão foi realizada pela Delegacia de Capturas (Capturas), sob o comando do delegado Eduardo Aquino. Ele foi preso por volta das 8h, na própria residência no bairro Todos os Santos, na zona Sudeste de Teresina.

Depois de preso, o jornalista foi encaminhado para a Audiência de Custódia, e depois deve ser levado para o sistema prisional.

O Cidadeverde.com não conseguiu contato com a defesa do jornalista. O espaço segue aberto para esclarecimentos.

A condenação

O jornalista Arimatéia Azevedo e o advogado Rony Samuel Negreiros foram alvos de uma ação penal proposta pelo Ministério Público, com base em inquérito policial, pelo crime de extorsão.

Segundo a denúncia, no dia 29 de maio de 2021, o jornalista e Rony Samuel atuaram de forma a constranger um empresário com o intuito de conseguir o valor de R$ 15 mil.

Consta que Rony teria encaminhado mensagens ao empresário afirmando que se ele não fizesse pagamentos, iriam sair notas depreciativas contra a empresa dele no site de propriedade do jornalista Arimatéia Azevedo.

Segundo o MP, o objetivo era extorquir a vítima, mediante pagamento em dinheiro, para evitar a publicação de notas supostamente incriminadoras, visando obter indevida vantagem econômica. 

Em decisão do dia 11 de agosto deste ano, o juiz Luiz de Moura condenou o jornalista Arimatéia Azevedo a 8 anos e 4 meses de reclusão e pagamento de 18 dias-multa e Rony Negreiro Nunes em 7 anos e 4 meses de reclusão com 14 dias-multa.

Na decisão o juiz afirmou que foram apresentadas várias provas, como conversas que comprovariam a extorsão. “No caso, o réu agiu de forma consciente e premeditada, com culpabilidade que destoa do inerente ao crime, pois como proprietário de um portal de notícias, deve ter como objetivo a informação, valendo-se dos padrões éticos e morais, deveres de observância obrigatória na atividade jornalística e não a sua utilização para perpetrar a prática de crimes, extrapolando o direito à liberdade de imprensa, como foi no caso, o que denota especial gravidade”, destacou.

Outra condenação

Em fevereiro deste ano, a 1ª Vara Criminal de Teresina condenou o jornalista Arimatéia Azevedo a 9 anos e 4 meses de prisão em regime inicial fechado por crime de estelionato. A decisão acatou uma denúncia do Ministério Público do Piauí (MP-PI).

Arimatéia foi denunciado por usar sua empresa, um portal de notícias, para a falsificação de documento público, inserindo declaração falsa, para “obter vantagem ilícita” em contratos firmados com o poder público estadual em ao menos duas ocasiões.

Em março ele chegou a ser preso após a condenação.


 

Bárbara Rodrigues 
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