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Vereadora propõe criação de plano diretor contra enchentes

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A vereadora Rosário Bezerra (PT) propões uma audiência pública na manhã desta segunda (11) sobre a situação das enchentes de Teresina e fez duras críticas à falta de preparo que a cidade tem acerca deste antigo problema. A petista propôs a criação de um plano diretor de drenagem para acabar de vez com as cheias no município.

“Não dá para controlar a natureza. Nós é que temos que nos adaptar”, declarou. De acordo com Rosário, as enchentes já viraram “tradicionais” em Teresina. “A prefeitura nunca tomou medida para evitar que famílias sejam prejudicadas com estas cheias. Ela se vangloria de ter o (programa) Família Acolhedora, mas isto só resolve o problema naquele momento”, criticou.
 
Fotos: Leilane Nunes/CidadeVerde.com

Rosário afirmou ainda que a proposta do plano plurianual “Teresina 2015” nunca foi adiante e ações preventivas deviam estar neste projeto. Ela culpa a ocupação desordenada do solo, o uso indevido das lagoas, a destruição do cinturão verde do rio Parnaíba como principais causas dos alagamentos em Teresina.

A petista propõe a retirada das famílias de zonas de risco, desocupação da calha do rio, plantio de árvores e recuperação das margens, além de R$ 18 milhões governo federal construção da galeria na avenida Homero Castelo Branco.

Sem benefício
Compareceram à audiência, famílias reclamando que a prefeitura não teria pago o benefício ou dão as cestas básicas do programa Família Acolhedora. A dona-de-casa Maria de Nazaré que mora no bairro São Joaquim está abrigando quatro famílias em sua casa de taipa de cinco cômodos. Ela afirma que avisou a prefeitura sobre a situação mas até o momento não recebeu nenhuma ajuda. “Estou há um mês com estas famílias e até agora ninguém da prefeitura veio ver minha situação”, garante.
 

Entre os abrigados estão a família de Maria Lenice cuja casa desabou e Edna Pererira, que perdeu tudo e está alojada na casa de dona Nazaré com seu filho.

Prefeitura
Os superintendentes das Superintendências de Desenvolvimento Urbano foram convidados para a audiência mas não compareceram porque estão concluindo os projetos para enviar ao presidente Lula amanhã.
 

Segundo a secretaria municipal de Trabalho, Cidadania e Assistência Social, Graça Amorim, até a última sexta (8) haviam 3.098 famílias atingidas e 2.779 em famílias acolhedoras.

Graça Amorim afirmou que entre os projetos emergenciais a serem enviados para Brasília estão a construção de novas casas para desabrigados, reparação de ruas e sinais de trânsito, prolongamento do dique do rio Poti e a construção de uma galeria na zona leste.
 
Flash de Leilane Nunes
Redação Carlos Lustosa Filho
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