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Tataraneto de D. Pedro I critica vinda de coração ao Brasil

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Foto: Guilherme Costa Oliveira/ Câmara Municipal do Porto

A vinda do coração de dom Pedro 1º para o Brasil é "mórbida e triste", disse João de Orléans e Bragança, tataraneto do primeiro imperador do Brasil.

O empresário e fotógrafo se refere à viagem do órgão do monarca português para o país, atividade que integrou as comemorações do bicentenário da Independência.

O coração esteve exposto no Palácio do Itamaraty, em Brasília, onde foi recebido pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) com honrarias de chefe de Estado.

"Isso é um uso eleitoral da memória de dom Pedro 1º, não um ato cívico", opina Orléans e Bragança. Ele também destacou a trajetória política do tataravô. "Na época do Império, havia estadistas. Dom Pedro 1º, por exemplo, foi criado no absolutismo, mas se tornou um liberal", disse.

À Folha de S.Paulo ele também refletiu sobre os 200 anos de Brasil independente. "Avançamos de 1822 para cá. Temos uma democracia há mais de 30 anos. Mas há muito para melhorar. Nossa desigualdade social é muito alta, e existe o racismo, que é uma vergonha".

O empresário, que vive em Paraty, esteve pela manhã no Museu do Ipiranga. O espaço reabriu na noite desta terça (6) após nove anos fechado para reformas.

Nesta quarta (7), a instituição recebe a visita de alguns convidados, de estudantes de escolas públicas e dos operários que trabalharam nas obras de reforma e ampliação, com suas famílias. A reabertura para o público em geral ocorre nesta quinta, dia 8. Os ingressos para a visita nos primeiros meses são gratuitos, mas é preciso reservá-los com antecedência.

Orléans e Bragança esteve com os netos na visita ao museu e reforçou a importância da reabertura pelas reflexões que o espaço traz. "Gostei muito das mesas multissensoriais", diz.

Fechado para reformas desde 2013, o Museu do Ipiranga reabre inteiramente restaurado e com o dobro de seu tamanho original. Com salas ampliadas e inclusão de novos recursos expositivos, a instituição busca refletir sobre as narrativas visuais que conformaram o 7 de Setembro, trazendo em seu interior as histórias de uma sociedade mais complexa e diversa.

Fonte: Folhapress/Naief Haddad

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