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Enfermeiros protestam em Teresina e em cinco cidades contra suspensão de piso salarial

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Enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem realizam manifestações nesta  sexta-feira (09) contra a suspensão do piso salarial da categoria. Em Teresina, o ato teve início nas primeiras horas da manhã e reuniu cerca de 600 profissionais na Avenida Marechal Castelo Branco, embaixo da ponte Juscelino Kubitschek. 

Além de Teresina, a manifestação ainda acontece simultaneamente nas cidades de Bom Jesus, Picos, Floriano, Amarante e Parnaíba. 

"Desde que o ministro do STF, Luis Roberto Barroso, suspendeu o piso salarial da categoria, a enfermagem tem se oganizado em torno de manifestações para reverter essa situação. É uma luta de 30 anos a nossa por um piso para a enfermagem", relatou Erick Ricelli, presidente do Sindicato dos Enfermeiros, Auxiliares e Técnicos em Enfermagem do Estado do Piauí (Senatepi). 

O enfermeiro José Orlando reforça que o piso salarial da categoria era uma luta de cerca de três décadas. 

"Fomos heróis na pandemia e quando a gente mais precisa, que é receber no contracheque, uma canetada em pleno domingo suspende. Os profissionais já estavam contando com esse dinheiro. O sentimento é de injustiça, é como se a gente não tivesse valor. A população sabe que a gente tem valor, mas pra eles que têm poder de julgar, infelizmente, atenderam pedidos das organizações dos hospitais e casas filantrópicas", disse Orlando que trabalha na Enfermagem há 12 anos e chega a fazer até três escalas para sustentar a família. 

A categoria planeja novas manifestações até a votação no STF. No Piauí são 44 mil profissionais entre enfermeiros, auxiliares e técnicos com registro ativo, sendo aproximadamente 18 mil na ativa. 

 

 

Suspensão do Piso 

O ministro Luís Roberto Barroso suspendeu no domingo (04) o piso salarial nacional da enfermagem e deu prazo de 60 dias para entes públicos e privados da área da saúde esclarecerem o impacto financeiro, os riscos para empregabilidade no setor e eventual redução na qualidade dos serviços.

Na última segunda-feira (05), representantes do Conselho Federal e dos Conselhos Regionais de Enfermagem (Cofen/Coren) se reuniram de forma virtual para discutir estratégias de atuação diante da medida cautelar apresentada pelo ministro Luís Roberto Barroso. 

O ministro alertou que Legislativo e Executivo não cuidaram das providências para viabilizar a absorção dos custos pela rede de saúde.

Denúncia

Para Erick Ricelli, o julgamento no STF é político."Quando se fala em pagar um piso para um profissional que está apenas recuperando aquilo que perdeu com a reforma, aí todo mundo acha que quem ganha pouco não deve ganhar nada e quem ganha mais sempre tem que ganhar mais", reitera acrescentando que o Senatepi tem recebido denúncias de que hospitais particulares em Teresina têm burlado a legislação trabalhista. 

"Alguns auxiliares e técnicos  tiveram o contrato de trabalho mudado pra socorristas, o que é um absurdo, pois socorrista não faz procedimento da Enfermagem. Tem empresas que colocaram os profissionais como comerciários; outras como recepcionistas. Não tinham como demitir, pois precisam manter o lucro, mas em compensação burlam a carteira de trabalho. Só o que temos é denúncias sobre isso e o Senatepi está atento", disse Ricelli.

Atualmente o piso salarial atual de auxiliares e técnicos em Enfermagem é de R$ 1.481 e subiria para R$ 2.375 (auxiliar) e R$ 3.325 (técnico). Já de enfermeiros é de R$ 3.641 e subiria para R$ 4.750.

Enfermeiro contesta falta de recursos

O enfermeiro e representante do Coren-PI em Floriano, Antonio Santos, afirmou que são inverídicas as informações sobre a falta de recursos financeiros do poder público e da rede privada para pagar os profissionais da enfermagem com o piso salarial. 

“Eles têm recursos sim. Os hospitais particulares têm recursos exorbitantes. Essa justificativa para suspender a lei do piso não tem sentido”, destacou Antonio Santos. 

O representante do Coren-PI reforçou ainda a necessidade da lei ser aplicada porque os profissionais da enfermagem precisam desse reajuste salarial. Segundo Antonio Santos, técnicos vivem com um salário mínimo. 

“E a gente sabe que com um salário mínimo não tem como sustentar uma família. Os profissionais da enfermagem ganham uma miséria”, acrescentou Antonio Santos. 

 

Nataniel Lima e Graciane Araújo
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