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Cadeirantes protestam e cobram mais veículos no Transporte Eficiente

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Dezenas de cadeirantes realizaram um protesto em frente ao Palácio da Cidade na manhã desta quarta-feira (21), Dia Nacional de Luta das Pessoas com Deficiência. O grupo cobra melhorias e a inclusão de mais veículos no Transporte Eficiente, serviço ofertado às pessoas com deficiência na capital. 

Segundo presidente da Associação dos Cadeirantes de Teresina (Ascamte), Wilson Gomes, o município disponibiliza seis veículos para atender 2 mil cadeirantes e, por conta disso, o tempo de espera chega a ser de três horas.

“Antes da pandemia, eram 17 veículos para atender os cadeirantes cadastrados. Hoje, nós viemos reivindicar e tentar sensibilizar o prefeito de Teresina na questão do nosso direito de ir e vir, que é em questão do transporte eficiente”, ressaltou Wilson Gomes.

Ainda de acordo com o presidente da Ascamte, há uma determinação judicial que obriga ao município de Teresina disponibilizar três veículos do transporte eficiente para cada zona de Teresina. E, devido a falta de mais transportes na cidade, muitos cadeirantes estão deixando de trabalhar.

“Existem apenas 6 veículos, uma quantidade insuficiente. Muitos cadeirantes estão perdendo tratamentos médicos, estão perdendo a questão da escola, muitos estão deixando de trabalhar por essa dificuldade”, lamentou Gomes.

 Segundo o presidente, um cadeirante que precisa estar no seu destino, por exemplo, as 8h precisa acordar às 4h para pegar o transporte às 5h.

“Precisa estar no ponto para rodar nos bairros de Teresina durante três horas. Está muito cansativo e difícil essa situação lamentável. Queremos que o prefeito possa modificar essa situação comprando realmente nossos veículos e que tire do papel. Porque até agora essa licitação não aconteceu”, completou Wilson Gomes.

Em nota, a Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (STRANS) afirmou que adquiriu quatro novos veículos e que fez o replanilhamento do quilômetro rodado. A Strans acrescentou ainda que parte da frota do transporte eficiente está em manutenção por conta do desgaste mecânico.

Confira nota na integra

No Brasil, o dia 21 de setembro foi escolhido como o Dia Nacional de Luta das Pessoas com Deficiência. A oficialização dessa data ocorreu em 2005 pela Lei nº 11.133. A data foi escolhida porque está próxima do início da primavera que é a estação conhecida pelo aparecimento das flores. Esse fenômeno representaria o nascimento e a renovação da luta das pessoas com deficiência.

De acordo com a Lei nº 13.146/15, a pessoa com deficiência é aquela que apresenta empecilho de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial que pode dificultar ou impedir sua participação plena, efetiva e em igualdade de condições com as demais pessoas. 

O Dia Nacional de Luta das Pessoas com Deficiência surgiu como forma de garantir a integração dessas pessoas na sociedade de maneira igualitária e sem preconceitos e pensando nisso a Prefeitura Municipal de Teresina (PMT), por intermédio da Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (STRANS), melhorou o transporte eficiente em Teresina.

Além de adquirir mais quatro veículos novos, a PMT fez o replanilhamento do quilômetro rodado que era o mesmo desde o ano de 2011. Isso significa que foram realizados cálculos para atualização dos valores que foram atualizados para assegurar o equilíbrio econômico-financeiro do contrato.

Com a participação do Ministério Público Estadual (MPE), os representantes jurídicos da STRANS e do Consórcio SITT se reuniram para formalizar o termo de recebimento de veículos que ficarão a cargo do consórcio que realizará o serviço de transporte eficiente.

Para assegurar qualidade no transporte eficiente, a PMT, por intermédio da STRANS colocou parte da frota para manutenção pois os veículos empregados nesse tipo de serviço sofrem bastante desgaste mecânico pelo uso diário e constante.

Falta de acessibilidade

Além dos problemas do transporte eficiente, o presidente da ASCAMTE destacou que as pessoas com deficiência ainda sofrem com a falta de acessibilidade e respeito em muitos lugares.

“São vários flagrantes de desrespeito principalmente na questão da educação, algumas escolas ainda estão sem a rampa de acessibilidade para alunos que são cadeirantes, onde o pai tem que colocar o filho nos braços. Temos casos da questão das vagas prioritárias para pessoas com deficiência em estacionamentos e o desrespeito de pessoas que não são pessoas com deficiência e utilizam essas vagas. Esse despeito é algo constante, bem comum de se encontrar”, pontua Wilson Gomes.

 

 

 

Nataniel Lima e Rebeca Lima
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