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Mulher achada no rio Parnaíba foi morta por morar em bairro de facção rival, diz delegado

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Foto: Reprodução / Redes Sociais

O Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Timon (MA) concluiu que Joycilene Nascimento da Silva, de 32 anos, encontrada morta no rio Parnaíba em Teresina, foi torturada e assassinada porque morava em um bairro dominado por uma facção rival. Joycilene foi vista pela última vez em uma festa com uma irmã. 

Segundo o coordenador do DHPP de Timon, delegado Otávio Chaves, a vítima não tinha envolvimento com nenhuma organização criminosa ou qualquer passagem pela polícia e foi agredida por pelo menos quatro pessoas já identificadas.

“Ela não tinha parentesco ou qualquer ligação com facção. Foi morta simplesmente por morar no bairro [dominado por uma facção rival]. A irmã não tem envolvimento com facção, mas mora em local que predomina facção 1. A Joycilene mora em um local que predomina a facção 2. O fato ocorreu na área da facção 1”, explicou o delegado Otávio Chaves. 

De acordo com o coordenador do DHPP, estavam no local cerca de seis pessoas, sendo que quatro delas agrediram Joycilene e outras duas não fizeram nada, mas mesmo assim foram indiciadas por omissão de socorro. Pelo menos três adolescentes estavam na cena do crime e já prestaram depoimento confirmando as agressões. 

“Todos que estavam na cena do crime vão responder pelos seus atos. Digo isso porque identificamos pessoas que estavam vendo a cena e não fizeram nada, não tentaram impedir, não buscaram socorro, logo responderão por omissão”, frisou o delegado. 

O exame cadavérico apontou que a vítima foi morta tanto em decorrência de um traumatismo craniano quanto por afogamento. 

Vítima foi torturada 

Peritos da Polícia Civil do Piauí encontraram pelo menos cinco perfurações na cabeça de Joycilene Nascimento Silva, de 32 anos. A jovem estava desaparecida há três dias e foi encontrada morta na terça-feira (6) no Encontro dos Rios, no bairro Poti Velho, zona Norte de Teresina. 

Vídeos e áudios que circularam pelas redes sociais mostravam a vítima sendo torturada por um grupo de pessoas.  

No dia em que desapareceu, Joycilene teria ido a uma festa com um de suas irmãs. Depois, seguiram para uma festa de reggae e lá a vítima teria começado a ser agredida por homens e mulheres, segundo relato inicial da irmão de Joycilene. 

Joycilene era casada e tinha cinco filhos. A mulher morava no bairro Pedra Patrício, em Timon, no Maranhão. 

Nataniel Lima
[email protected] 

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