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Alunos e professores da UFPI realizam ato por segurança após arrastão em sala de aula

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Alunos e professores da Universidade Federal no Piauí (UFPI) fizeram um panelaço na noite desta sexta-feira (23) no Centro de Ciências da Educação (CCE) e no Centro de Ciências Humanas e Letras (CCHL), pedindo mais segurança após a onda de assaltos que está acontecendo na instituição. O caso mais recente ocorreu na quinta-feira (22), quando um criminoso realizou um arrastão em uma sala de aula e deixou alunos e uma professora  trancados.

O arrastão aconteceu por volta das 20h20, no Centro de Ciências da Educação (CCE). Um homem armado entrou na sala de aula, e após roubar os pertences dos alunos e da professora, trancou a turma na sala e fugiu do local. Os alunos só conseguiram sair após o pai de uma das estudantes chegar e, com o auxílio de seguranças privados da UFPI, arrebentar o cadeado utilizado para trancar a turma. 

Foto: Iael de Souza

Diante da situação, o panelaço foi realizado com o objetivo de mobilizar e pedir mais ações diante da situação de insegurança que alunos e professores estão enfrentando.

A professora adjunta da UFPI, Mestre em Ciências Sociais, Iael de Souza, afirmou ao Cidadeverde.com que a mobilização é uma forma de chamar atenção sobre a situação perigosa que eles estão enfrentando.

“Já tivemos assaltos nos pontos de ônibus e assalto dentro da universidade. O que nós queremos é chamar a atenção para a situação que estamos passando, pois eles estão colocando a vida dos professores e dos estudantes em risco. Eles só vão fazer algo quando alguma desgraça acontecer?”, questionou a professora.

Iael de Souza afirmou que apesar da reitoria não comentar, os cortes  no orçamento que foram realizados pelo Governo Federal no valor de R$  7,7 milhões estão afetando vários setores, e uma deles é a segurança.

“Devido aos cortes a infraestrutura e segurança foram afetadas. Do pessoal da limpeza, 40 pessoas já foram mandadas embora. A segurança é terceirizada, então não sabemos qual foi a redução, mas a UFPI divulgou uma nota dizendo que a universidade tem 200 vigilantes e está todo mundo se perguntando aonde eles estão. Porque a noite a gente encontra apenas um vigilante no CCE inteiro. Eles colocam nossas vidas em risco com isso”, criticou.

Mais manifestações

A professora informou que essa manifestação foi a primeira, de várias que devem ser realizadas em breve.

“Estamos iniciando agora esse processo de agitação e mobilização. Vão ocorrer outras, porque na sexta-feira normalmente tem menos pessoas. O que queremos é fazer uma marcha e mostrar o que estava acontecendo. Deveríamos ter feito isso desde que foram feitos os cortes, mas agora vamos começar a nos manifestar”, destacou a professora Iael Souza.

UFPI se manifestou sobre assalto

A Universidade Federal do Piauí se manifestou sobre o assalto e afirmou que "a Coordenadoria de Segurança e Vigilância atua com quase 200 profissionais, entre vigilantes desarmados e armados, efetivos e terceirizados. Em horários de pico, as ações se intensificam com duas viaturas e três motos que fazem rondas no campus".

Confira a íntegra da nota: 


A Universidade Federal do Piauí (UFPI) informa que mantém ações permanentes para garantir a segurança da comunidade acadêmica, não medindo esforços nesse sentido. No campus de Teresina, a Coordenadoria de Segurança e Vigilância atua com quase 200 profissionais, entre vigilantes desarmados e armados, efetivos e terceirizados. Em horários de pico, as ações se intensificam com duas viaturas e três motos que fazem rondas no campus.

Além disso, são realizadas rondas frequentes por viaturas da Polícia Militar, parceria sempre valorizada pela atual gestão da Universidade. A limpeza de espaços e vias e a manutenção da iluminação se somam às ações voltadas ao conforto e segurança da comunidade acadêmica.
A UFPI lamenta o ocorrido no Centro de Ciências da Educação (CCE) e se solidariza com seus professores, estudantes e servidores técnico-administrativos, ao tempo em que reafirma o compromisso em permanecer atuando em prol do bem-estar de seus públicos.

Nesse sentido, providências já estão sendo adotadas, com medidas como: reforço das atividades de segurança no campus; instalação de um número maior de câmeras na Universidade; intensificação no monitoramento das entradas de acesso às unidades de ensino; interlocução com o Governo do Estado e órgãos competentes, a exemplo da Polícia Militar.

Como espaço democrático e sendo o Campus Ministro Petrônio Portella cortado por várias vias de uso público na cidade de Teresina, a UFPI esclarece que as medidas adotadas respeitam esse contexto, valorizando o diálogo com as esferas representativas na Instituição e trabalhando em atuação conjunta com os órgãos do setor de segurança no Estado.


 

Bárbara Rodrigues
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