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Após fracassar, governo lutará contra cunho eleitoral em CPI

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Às vésperas de um ano eleitoral em que a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, deverá ser oficializada como candidata à sucessão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a ordem no Congresso Nacional é evitar que a recém-criada CPI da Petrobras direcione seus trabalhos para arranhar a imagem da estatal petrolífera e da própria ministra, que responde pela presidência do Conselho de Administração da empresa.

"Não ajuda nem o Brasil nem a Petrobras uma linha espalhafatosa (da futura CPI) de eleitoralizar a atuação da Petrobras. Se a oposição for eleitoralizar e fazer exploração política, vamos defender", comentou neste sábado o líder do PMDB no Senado, Romero Jucá (RR), confirmando que ele próprio fará parte da "tropa de choque" do governo para barrar abusos na comissão de inquérito. "A proximidade eleitoral sempre será um fator complicador nessa CPI."

"Estamos chegando em um período eleitoral e a CPI é normalmente um artifício usado pela oposição. Existe um movimento mais ou menos corriqueiro", comentou o parlamentar. "A base vai se preparar, o Gabrielli (José Sergio Gabrielli, presidente da Petrobras) está à disposição, mas o governo vai atuar no estrito limite da responsabilidade e do equilíbrio (para prestar os esclarecimentos)."

Ontem, questionada se tinha conhecimento da manobra contábil feita pela Petrobras para se livrar do pagamento de R$ 4,3 bilhões em impostos, Dilma Rousseff disse que não sabia dessa estratégia e tampouco via qualquer irregularidade na prestação de contas da estatal junto à Receita Federal.

Durante toda a sexta-feira, o PSDB se articulou para instalar a CPI contra a Petrobras, lendo o requerimento para a instalação da comissão logo pela manhã em um Plenário esvaziado e garantindo que senadores não retirassem as assinaturas de apoio à criação do grupo de investigação.

Autor de um dos requerimentos para investigar supostas irregularidades da estatal petrolífera, o senador Álvaro Dias (PSDB-PR) contava originalmente com 32 assinaturas de apoio, cinco a mais que as 27 necessárias para a instalação da CPI.
Fonte: Terra
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