O motorista da empresa Cidade Verde, Ananias Cardoso de Sousa Filho, sofreu um corte no supercílio em frente ao Hospital do bairro Promorar, zona Sul de Teresina. Uma pedra foi atirada em direção ao seu veículo, quebrando o vidro. Ananias foi atendido no próprio hospital. Ônibus e motorista estão neste momento na garagem da empresa, no bairro Monte Castelo.

 

Ananias afirmou que estava chegando próximo ao terminal da linha quando foi atacado. "Os passageiros estavam descendo quando a pedra acertou o vidro”, descreve. O motorista foi atingido pelos estilhaços e teve um corte no supercílio e outro na testa. Ele afirma que não viu quem atirou a pedra, se algum popular ou um sindicalista.

 

 

 

 

A segunda-feira (18) não poderia ter amanhecido pior para os teresinenses que precisam do transporte coletivo urbano. Desde antes do sol nascer os trabalhadores grevistas das empresas de ônibus estão dificultando a saída da frota, que deveria estar circulando em 30%. Segundo dados do Sindicato das Empresas de Transporte Urbano de Teresina (Setut), até às 9h30 cinco empresas não tinham veículo nas ruas da cidade: Transcol, Emvipi, Taguatur, Piauiense e Asa Branca.

 

A situação estava pior para quem tentou sair mais cedo de casa. O Setut informou que até às 6h da manhã nenhum coletivo da frota regular das empresas havia saído da garagem.

 

A polícia foi acionada e tenta fazer cumprir a determinação da lei que disserta sobre a obrigatoriedade de pelo menos 30% da frota circulando. Transportes alternativos tentam suprir a demanda, mas é comum encontrar paradas de ônibus lotadas.

 

De acordo com Elthon Zarder, encarregado de transporte da Taguatur, todas as vezes que um motorista tenta sair com um coletivo os sindicalistas montam barreira em frente ao portão da garagem.

 

Na Taguatur, 55 ônibus estão estacionados no pátio. Desses, 13 deveriam estar circulando. Por volta das 10h foi liberado um ônibus da linha Parque Jurema/Miguel Rosa.

 

 

O presidente dos Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários, Francisco das Chagas Oliveira, negou que as empresas não estejam cumprindo a cota de 30%. Ele informou ainda que às 12h30 a categoria se reunirá para avaliar o movimento grevista.