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TV entra em presídio e mostra mudanças para controlar avanço das facções; assista

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A Secretaria de Justiça do Piauí (Sejus-PI) vem adotando uma série de medidas no sistema prisional piauiense para impedir fugas e rebeliões, bem como a entrada de celulares, drogas e armas na unidade. Nesta quinta-feira (27), a equipe da TV Cidade Verde teve acesso exclusivo às instalações da Penitenciária José de Ribamar Leite, em Teresina.

A antiga Casa de Detenção, que hoje possui cerca de 940 detentos, já foi palco de rebeliões violentas e fugas cinematográficas em um passado recente. Dados de 2019 mostram que, em média, 50 celulares foram apreendidos pelos policiais penais durante vistorias aos pavilhões da unidade, bem como armas brancas e outros itens proibidos. 

Para mudar essa realidade, foram adotadas vistorias mais rigorosas, seguindo o padrão do sistema prisional federal. “Diariamente acontecem vistorias, tanto das celas como dos internos. Na soltura do banho de sol todos são vistoriados pessoalmente e todos os dias é feita a vistoria estrutural das celas”, explicou  João Veloso, diretor da unidade prisional

Com a chegada das facções criminosas no estado, o sistema prisional piauiense também passou a realizar a avaliação do perfil dos presos. A iniciativa visa evitar tanto o contato entre membros de grupos rivais, para que não ocorra confrontos dentro da unidade, como também a cooptação de potenciais novos integrantes.

"Todo preso que adentra o sistema penitenciário piauiense passa por um processo de triagem e acompanhamento. Quando identificamos que ele tem algum perfil de liderança nós temos um trabalho mais aproximado por parte do setor de inteligência e da disciplina de todas as unidades penais", pontuou Charles Rosa, diretor de inteligência da Sejus-PI. 

As medidas aplicadas no sistema prisional também visam a reintegração na sociedade. Neste sentido, diversas entidades colaboram desenvolvendo atividades nas unidades que possibilitam uma nova experiência aos apenados, como é o caso de Bruno Wanderson, que destaca a importância da ação para seu processo de ressocialização.

"Me ajudou e deu força para poder me entregar ao Senhor, porque é como uma clínica de recuperação onde não tem droga, onde não tem aquele movimento criminoso com a abertura dos Pavilhões Igreja se deu oportunidade para a gente estar no meio de pessoas que desejam também uma mudança de vida", enfatizou Bruno Wanderson.

Para Carlos Edilson, as medidas desenvolvidas têm contribuído tanto para o controle da atuação das facções nas prisões piauienses como para melhorar o processo de ressocialização dos presos. "Os procedimentos trouxeram para o sistema prisional um verdadeiro equilíbrio, um sistema estável e que traz efetivamente medidas de ressocialização", concluiu o gestor.

Breno Moreno (Com informações de Tiago Melo)
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