O secretário de Segurança Pública, Robert Rios Magalhães, criticou nesta quinta-feira (21) a postura do vereador Paulo Roberto Bezerra de Oliveira, o Major Paulo Roberto (PRTB). Afirmando estar embasado com informações repassadas pelo prefeito de Teresina, Sílvio Mendes, Robert disse que a situação pedia tanto a prisão dos fornecedores das cestas básicas supostamente extraviadas como até a do próprio major, que afirmou ter comprado fiado os produtos.

 

Paulo Roberto comprou cestas básicas em um bairro da zona norte ao valor de R$ 10, prometendo ao vendedor pagá-las posteriormente. Os produtos, que deveriam ser entregues aos desabrigados pelas enchentes no Estado, foram levados para a polícia.

 

"A versão que eu tenho dos fatos foi a do prefeito Sílvio Mendes. Se alguém me vier oferecer um produto roubado, eu dou voz de prisão. Se a pessoa comprou esse produto, ela tem que responder por receptação. Agora, ele (major Paulo Roberto) já me ligou dizendo que não comprou as cestas", disse Robert Rios. Na última terça-feira, o próprio major declarou ao Cidadeverde.com ter adquirido fiado 10 cestas básicas, mas que não pagou pelas mesmas depois.

 

 

Robert Rios ainda falou sobre a postura inicial do vereador de proteger fontes que teriam lhe passado as informações para constatar a venda das cestas. "Quem tem fonte é jornalista, não é polícia, não", completou o secretário.

 

O delegado geral da Polícia Civil, James Guerra, confirmou que o vereador forneceu todos os detalhes necessários para a investigação. O inquérito será presidido pelo delegado Danilo Melo, que tem 30 dias para concluí-lo.

 

Polêmica entre delegados e greve de policiais
Robert Rios ainda falou que será instaurado inquérito para apurar a confusão envolvendo o Sindicato dos Delegados de Polícia do Piauí. O ex-presidente Emir Maia chegou a acusar colegas de terem furtado móveis do Sindepol, enquanto os mesmos afirmam que o delegado já foi destituído do cargo. Emir poderá responder por falsa denúncia de crime.

 

Sobre a possível greve dos policiais civis, que irão decidir pelo movimento ou não na próxima semana, Robert Rios declarou que respeita o movimento e acha que a categoria merece sim um melhor salário. No entanto, ele afirmou que a paralisação pode não ser a melhor saída, já que não é bem recebida pela opinião pública.